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Skate 3

As maravilhas de uma tábua e quatro rodas.

Ainda me lembro quando comecei a jogar o primeiro Skate, foi uma sensação maravilhosa. A inovação trazida pelo primeiro jogo desta franquia era incrível quando comparado com outros jogos do género (sim, estou mesmo a falar de Tony Hawk). Transpirava realmente à verdadeira cultura do skate, tudo era simples, até mesmo o nome do jogo. Depois chegou Skate 2, que mais parecia uma versão 1.5 do original. Acrescentou apenas coisas como mais manobras, sair do skate e mover objectos. Agora, passado um ano e poucos meses após o lançamento de Skate 2, temos em mãos Skate 3. Para quem jogou os anteriores, as dúvidas que pairam no ar deverão ser as seguintes: Será que Skate 3 merece verdadeiramente ser considerado uma sequela ou é apenas uma versão 2.5? Dá continuidade àquilo que a série trouxe ou está a fugir para outros lados?

Com um primeiro olhar, tudo parece semelhante ao anterior, os gráficos não sofreram grandes alterações e a jogabilidade também continua igual, analógico direito para os fliptricks, analógico esquerdo para rotação corporal e gatilhos direito e esquerdo para os grabs. Isto não é propriamente mau, visto que a jogabilidade já era e continua excelente e fluída. A cidade não é a mesma, San Vanelona foi deixada para trás e Port Caverton tomou o seu lugar. O objectivo a alcançar é diferente, agora somos uma lenda no skate, estatuto ganho nos jogos anteriores, não precisamos de arranjar patrocínios ou impressionar os pro-skaters para ganhar reputação. O que vamos fazer é criar uma companhia de skate em parceria com o nosso amigo e famoso fotógrafo deste desporto, Geovanni Reda. O nosso é objectivo é vender um milhão de tábuas.

Para vender tábuas há que publicitar a nossa companhia, qualquer coisa que façamos eleva o número de tábuas vendidas. Existem torneios, corridas, “Hall of Meat”, “Own The Spot”, cumprir um objectivo proposto por outro skater, tirar fotos para uma revista ou para um publicidade num outdoor, gravar vídeos, entre outras coisas. Os objectivos são variados e quem jogou os outros sabe bem o que esperar.

Chris Cole sempre a dominar.

O modo cooperativo presente em grande parte dos objectivos é uma estreia e provavelmente muitos irão gostar. Se preferirem, podem também completar os objectivos sozinhos, no entanto, existem algumas excepções e às vezes é mesmo necessário um companheiro, ou escolhem alguém da vossa lista de amigos ou a IA assume controlo. Para quem completar os objectivos em cooperação, há uma pequena “recompensa”, vendem mais algumas tábuas e mais facilmente vão chegar ao número pretendido. Mas este não é o propósito do cooperativo, existe para fornecer mais diversão na completação dos objectivos e criar a noção de uma skate team virtual.

Se nunca experimentaram nenhum Skate ou estão completamente a leste acerca do desporto, não se preocupem, o Coach Frank está pronto a ajudar na vossa iniciação. Consultem os tutoriais para aprenderem tudo o que necessitam de saber, desde as manobras mais básicas às mais complexas.

Skatem com os vossos amigos.

Outra novidade é a escolha de dificuldades, onde poderão escolher entre “Fácil”, “Normal” e “Hardcore”. Se estão à procura de realismo, o Hardcore é a melhor opção. Requer uma maior atenção com o ângulo e velocidade na preparação para um grind ou slide e as quedas e falhanços acontecem com mais frequência. A aterragem é outro factor importante a considerar nesta dificuldade. Posso dizer que é sem dúvida a maior aproximação com as físicas do skate já vista num jogo, neste aspecto é brilhante e merece os parabéns.

Um aspecto falhado em Skate 2 foi a movimentação da personagem fora do skate, era extremamente mecânica e enferrujada. Em Skate 3 isso foi corrigido, agora está mais suave. Até dá gosto sair do skate, começar a correr e saltar novamente para cima do skate para ganhar uma maior velocidade. Aliás, em determinados pontos do jogo, este método facilita muito as coisas.