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12 desejos para 2014

Um ano que promete imenso.

2013 foi uma boa colheita.

Diria mesmo que foi uma das melhores de sempre, a par dos grandes anos de 1998 e 2007. Tão cedo não deveremos voltar a ter no mesmo ano tantos títulos do calibre de Bioshock Infinite, Tomb Raider, The Last of Us, Super Mario 3D World, Pokémon X and Y, The Legend of Zelda: A Link Between Worlds, Pikmin 3, Assassin's Creed IV: Black Flag, Fire Emblem: Awakening e, claro, Grand Theft Auto V.

Apesar de 2014 prometer, não acredito que a qualidade dos títulos seja tão abundante. De qualquer das formas, já tenho os meus 12 desejos para 2014:

Um remake de The Legend of Zelda: Majora's Mask para a 3DS e/ou Wii U

Já andamos há algum tempo a pedir isto e pode ser que na E3 deste ano a Nintendo mostre que nos tem dado ouvidos. Majora's Mask é um dos meus Zeldas favoritos mas passou ao lado de muita gente por ter sido lançado no fim de vida da Nintendo 64, a poucos meses do lançamento da PlayStation 2, por ter um tom negro inédito na série e um limite de 3 dias para completarmos o jogo(não se preocupem, dá para voltar atrás no tempo).

Garanto-vos que o jogo vale mesmo muito a pena mas está a precisar do mesmo tratamento que recebeu Ocarina of Time na 3DS e Wind Waker na Wii U para que a barreira gráfica não seja impedimento para que uma nova geração de jogadores apreciem esta pérola da Nintendo.

Shut up and take my money.

Que Titanfall corresponda às expectativas

Todos temos o nosso jogo mais esperado da nova geração e Titanfall é o meu. Desde o primeiro trailer de Deus Ex: Human Revolution que não estava tão em pulgas para meter as mãos a um jogo e, a julgar pela quantidade de prémios que o jogo recebeu na E3 de 2013 e de ter batido o recorde de prémios da história dos Game Critic Awards, estou muito longe de estar sozinho.

Tal como Super Mario 64, Metal Gear Solid ou Grand Theft Auto: San Andreas, Titanfall parece ser um dos raros títulos capazes de definir uma geração e já faltam poucos meses para descobrirmos se todo o hype e admiração por parte da imprensa especializada são justificados.

Filas de 8 horas para o jogar na Gamescom são um bom indicativo da qualidade deste jogo.

Que Lightning Returns seja MESMO o último Final Fantasy XIII

Apesar de alguns títulos sólidos como Xenobalde, Lost Odyssey, Ni No Kuni e Tales of Vesperia, esta foi, de longe, a pior geração de sempre para JRPGs. O género lutou arduamente para se impor no ocidente mas bastou Final Fantasy XIII para deitar por terra o trabalho de muitos anos e fazer com que os JRPGs voltassem para a obscuridade.

Com a saída de Sakaguchi da Square temia-se o pior mas nenhum fã esperava que a série chegasse ao fundo tão rapidamente. Final Fantasy XIII é o exacto oposto daquilo que tornou a série popular: personagens fracas, escrita amadora, narrativa digna de jogo de tabuleiro, total falta de liberdade e apenas duas side quests(um jogo mínimo com Chocobos e outra que não é mais que uma forma trabalhosa das Arenas de Final Fantasy VII ou X). O design do jogo é da idade da pedra mas graficamente? Oh, graficamente o jogo é lindo!

Pior só mesmo Final Fantasy XIII-2, uma sequela desnecessária e que aproveita tanto material do XIII original que, em retrospectiva, este episódio com Call of Duty nem parece assim tão ofensivo. A terceira parte da trilogia(que ninguém pediu) chega em Março e as 3 estrelas que detém no Amazon japonês parecem ser um bom indicativo de que está mais uma “pérola” a caminho.

Ao que esta série chegou.

Ei, é preciso batermos no fundo para nos erguermos e poder voltar à qualidade de outros tempos, certo?s E já que falamos em qualidade e JRPGs...

Que o Japão entre melhor na nova geração

Apesar de grandes jogos como Super Mario Galaxy, Bayonetta ou Dark Souls, não é segredo nenhum que o Japão esteve muito abaixo das expectativas na última geração e que se tem tornando cada vez mais irrelevante nos jogos para consolas domésticas. O cenário é

tão negro que a PlayStation 4 e a Xbox One ainda nem sequer foram lançadas na região.

Capcom, Square Enix ou Konami estiveram mesmo muito mal nos últimos anos. Além de terem efectivamente destruído criativamente séries de renome como Resident Evil, Final Fantasy ou Silent Hill, têm andado concentrados na criação novas formas de extorquirem os consumidores através de DLC.

O foco criativo do Japão mudou-se claramente para os dispositivos portáteis mas fica aqui o desejo para que em 2014 se lembrem dos tempos em que eram grandes dentro das nossas casas. Entendo que o mercado nacional seja importante para os estúdios japoneses mas não se esquecem que no ocidente também apreciamos os vossos jogos.

A decisão de lançar o maior RPG no país numa consola portátil é bem indicativo da direcção da indústria no Japão.

Que Persona 5 tenha um lançamento mundial

Adorei Persona 4 na PlayStation 2. A estética, personagens, ambiente e banda sonora são memoráveis e é, a par de Dragon Quest VIII e Final Fantasy X, um dos melhores JRPGs da consola. Com toda uma geração de maus JRPGS, há muito que aguardava pelo anúncio de Persona 5 para redimir o género.

Seria óptimo que o lançamento agendado para o Inverno de 2014 fosse mundial e, já agora, que no ocidente saísse também na Xbox 360. Pelo que tem feito pelos JRPGs, a Atlus merece todas e mais algumas vendas e Persona tem tudo para ocupar o lugar de popularidade que Final Fantasy entretanto perdeu. Por falar em Atlus...

Que a Atlus dê uso às licenças da SEGA

Quando a SEGA tinha adquiriu a empresa mãe da Atlus, muitos foram aqueles que temeram pelo futuro da empresa. Felizmente, além da SEGA lhe dar toda a independência possível para trabalhar, também colocou todas as suas licenças à disposição da Atlus.

Pessoalmente, adoraria ver a Atlus pegar em Skies of Arcadia, um grande JRPG para a Dreamcast e a GameCube que foi totalmente esquecido pela SEGA. Um novo Panzer Dragoon Saga, Shining Force ou um Phantasy Star desenvolvidos pela Atlus também seria um sonho tornado realidade. Viajando ainda mais no tempo, um novo Comix Zone com o motor de Persona 4 Arena seria igualmente bem vindo, assim como o ressuscitar de Alex Kidd.

Escrever isto só me enfurece. A SEGA tem tantas boas IPs e nem lhes toca... Qual a franchise da SEGA que gostariam de ver nas mãos da Atlus?

Vá lá Atlus, torna isto realidade!

Que a Wii U se recomponha

Não é novidade nenhuma que a Wii U está em maus lençóis e, agora com a Xbox One e PlayStation 4 a concorrerem pelo dinheiro dos consumidores, 2014 vai ser o ano mais importante da vida da consola.

Vamos lá Nintendo, não a deixem morrer.

A Nintendo vai ter que estar à altura e responder aos grandes problemas que estão a prender a consola às prateleiras das lojas: o ainda elevado preço em relação à tecnologia que oferece e a incapacidade de comunicar aos consumidores o que realmente é a Wii U. Se não o fizer, arrisca-se a que ainda mais editoras a abandonem a abandonem.

Com um novo Super Smash Bros., Mario Kart 8, Bayonetta 2 e X, 2014 promete ser um ano em cheio para os poucos que já possuem Wii U mas é preciso que novos títulos de elevado calibre sejam anunciados para que mais gente compre a consola. Títulos como...

Um novo F-Zero, Zelda e Metroid na Wii U

É quando está em pior situação que a Nintendo mais se esforça. A GameCube pode ter sido a consola menos vendida da Nintendo mas o seu catálogo de exclusivos é invejável.

É inevitável que um novo The Legend of Zelda seja anunciado para a consola mas convém que o seu lançamento não fique agendado para 2015 ou 2016, altura em que a Wii será mais obscura do que a Xbox 360 no Japão F-Zero anda desaparecido desde o excelente GX da GameCube e acho que já está na altura de a termos de volta.

Metroid também está a fazer falta mas com a marca Metroid Prime recentemente renovada, pode ser que a sorte nos bata à porta em 2014. Apenas não queremos outro Other M, por favor.

Só por si, este trio de jogos pode não ser capaz de salvar a Wii U mas é bem capaz de vender alguns milhões de unidades.

Cara Nintendo, e que tal lançarem novas versões de jogos de qualidade e que vendem consolas?

Que a Xbox One seja lançada em Portugal

Com a Xbox 360, a Microsoft aprendeu uma importante lição: os primeiros a chegar ao mercado têm uma enorme vantagem. Lá acharam que era demasiado fácil e, para tornar as coisas mais desafiantes, desta vez decidiram ser os últimos, algo que correu bem com a Xbox original, certo?

Na verdade, apenas 13 mercados receberam a One e nós, tal como a maioria dos países periféricos da Europa, temos que esperar indefinidamente por ela. Apenas sabemos que chega em 2014.

Será que em vez de uma “Day One edition” vamos ter uma “Day 296 edition”?

Para compensar o tempo de espera, propunha que a fosse lançada a €399, o mesmo preço da PlayStation 4. A custar mais €100 e com muitos meses de atraso em relação à consola da Sony, não acredito que a Xbox One tenha alguma hipótese de se impôr na “periferia” da Europa pelo que este desconto de €100 poderia servir para equilibrar as coisas entre as duas consolas.

Que o Netflix chegue a Portugal

Este desejo não tem directamente que ver com video jogos, apenas com a vontade que tenho que este fantástico serviço chegue ao nosso país e às nossas consolas.

O serviço já está a dar os primeiros passos na Europa e, por pouco mais de €7, os nossos colegas ingleses já têm acesso a milhares de filmes e centenas de séries de televisão em streaming instantâneo e com elevada qualidade nas suas consolas. Também quero!

Ei, a vida não é só jogar.

Que a Steam Machine seja um produto acessível

Na teoria, a Steam Machine tem tudo o que é preciso para abalar o mercado dos video jogos mas para que isso aconteça é preciso que seja acessível o suficiente para ser uma alternativa às habituais consolas. Acessibilidade é bem mais do que um preço competitivo; é preciso que seja de fácil utilizar e que traga para a nossa sala as vantagens de jogar no PC sem arrastar consigo os inconvenientes.

Enquanto jogadores de consolas só pedimos uma coisa: que o que compramos funcione. Não queremos ter que olhar para requisitos mínimos, instalações(cough...coigh...), updates sempre que queremos jogar, configurações de gráficos e de comandos, etc.. Detesto jogar no PC por estas e outras dificuldades(e porque gosto demasiado dos exclusivos das consolas...) e se a Steam Machine as tiver será muito difícil esperar que as massas a adoptem, por muito bons que sejam os preços dos jogos em relação às consolas.

Fallout 4

Este dispensa explicação, certo?

E vocês? Quais são os vossos desejos para os video jogos para 2014?

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