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15 minutos com inFamous: Second Son

Quantas consolas vale um novo Infamous?

A versão jogável de Infamous Second Son que a PlayStation Portugal me convidou a jogar a semana passada em Lisboa, é a mesma que eu já tinha visto há uns meses na Gamescom. Um segmento rápido, carregado de ação e que permitia ainda experimentar algumas particularidades das mecânicas que exigem a utilização do painel tátil do Dualshock 4, não foi nada de especialmente novo, mas possibilitou o cimentar de algumas ideias e o afastar de certos medos.

A parte a que me refiro é perfeitamente visível em alguns trailer do jogo da Sucker Punch, e começa com o novo protagonista Delsin Rowe a passar um controlo de segurança para uma zona de quarentena, onde a sua impressão digital o reconhece como um "prime conduit", ou bioterrorista, como a D.U.P. (Department of Unified Protection) os prefere identificar.

Em termos práticos, este reconhecimento é realizado utilizando o nosso próprio dedo, colocado sobre o painel do comando da consola da Sony. A naturalidade com que Delsin aceita esta identificação mostra que não está ali para passar despercebido, mas para começar uma luta mesmo. Mostra que o miúdo não tem problemas em chamar a atenção das autoridades para si.

Quando o sinal de alarme dispara e os agentes vêem na nossa direção, abre-se uma nova área na cidade de Seattle, completamente controlada pela D.U.P. Não é claro quais são as intenções de Delsin nesta altura, se descontarmos o facto de ser provavelmente boa ideia nos livrarmos de todos os pontos vermelhos no mapa, que é como diz, todos os agentes da D.U.P. que disparam indiscriminadamente contra nós.

Graficamente o jogo está já muito competente, mas pareceu-me precisar de alguns ajustes no que à jogabilidade diz respeito. O controlo de Delsin é ligeiramente solto demais, o que combinado com um sistema de soft-lock, torna o combate muito próximo de um hack and slash, mas onde não tinha os tradicionais combos para me entreter. O melhor método era mesmo disparar rajadas rápidas para os inimigos que estavam longe, ou rajadas mais poderosas, acumulando um pouco de energia antes de largar o gatilho do comando.

No caso de algum inimigo chegar demasiado perto, as correntes que Delsin traz enroladas ao pulso são a melhor opção para os acalmar. A navegação é, e muito provavelmente será um dos pontos fortes de Infamous: Second Son. Este facto é notório logo neste pequeno segmento, quando levantamos no ar com a energia acumulada no interior do protagonista, quando nos evaporamos em fumo até aos telhados ou quando investimos sobre os adversários como um raio de luz.

Os poderes a que temos acesso por esta altura são ainda muito limitados, quando começamos temos as habilidades tradicionais que se podem ver nos trailers, como enviar rajadas pelas mãos, planar, ou desmaterializar Delsin em fumo e viajar rapidamente até aos telhados. Estas habilidades confundem Delsin com um fire conduit, mas como já sabemos agora, Delsin é um conduit capaz de drenar fontes de poder, incluindo as de outros conduits como ele. Durante a identificação da sua impressão digital, as autoridades referem-se a ele como um "prime conduit", não sei se este é um tipo particular de "sylar conduit", ou se é o nome que a D.U.P. dá aos conduits mais poderosos/perigosos, fico à espera da versão preview para saber mais.

Ainda durante a demo, temos a possibilidade de absorver uma fonte de Neon, que dá a Delsin o poder de se movimentar a grande velocidade, acompanhado de uma animação que transborda luz à sua volta, enquanto este carrega sobre os inimigos da D.U.P. Também este tipo de poderes são algo limitados por esta altura, nada vi sobre o sistema de progressão, que é como quem diz, o meio pelo qual vamos desbloqueando novos truques e formas de combate.

Mesmo neste curto espaço, foi possível perceber o largo campo de visão dos cenários que podemos depois explorar. Esta amplitude aliada à fluidez da navegação onde podemos praticamente voar, vai ser de onde retiraremos grande parte da diversão. Quer dizer, nada melhor que uma cidade imensa e repleta de antagonistas, e onde não precisamos de carro para nos movimentarmos, ou de armas de fogo para combater a injustiça.

Nem tudo é destrutível nos cenários, mas a Sucker Punch fez um esforço para que existam vários elementos com os quais podemos interagir, desde fontes de energia, túneis de ar que servem a navegação, várias saliências por onde é possível trepar, e claro, estruturas que normalmente albergam inimigos, e que podemos enviar pelos ares canalizando um pouco de energia e desencadeando uma poderosa rajada na sua direção.

Mais para o final da demo, temos que destruir uma unidade móvel fortemente guardada, de modo a nos livrarmos do centro de comunicações no seu interior. Isto envolve primeiro explodir com umas protecções laterais na unidade, depois subir para o seu topo e voltar a utilizar o painel tátil do comando para levantar, e depois terminar definitivamente com as comunicações inimigas.

Como resposta a este acto criminoso, a D.U.P. envia um super soldado para lidar connosco, coitado, vem com aquele ar de quem não vai sequer procurar cobertura, cheio de fé na sua pesada armadura, e principalmente na enorme gatling gun que segura com as duas mãos. Gostava de vos poder contar como correu este embate, mas é nesta altura que somos aconselhados pelo próprio jogo a utilizar o "Karma Bomb", aquele golpe que no trailer envia Delsin bem alto pelos ares, para depois esbarrar com o solo com enorme potência. A demo acaba antes de sequer chegarmos ao solo, mas não deve ter corrido bem para o super soldado.

Fora do segmento de Gameplay, ainda arrancamos alguma informação aos membros da PlayStation, foi possível saber por exemplo que Delsin será uma personagem mais ambígua que Cole MacGrath, e dividida entre dois mundos, que o jogo faz questão de salientar pela dicotomia entre a personalidade jovem e rebelde de Delsin, que se expressa pelo graffiti, e a figura do seu irmão mais velho, muito mais "certinho" e respeitador da norma.

De um modo geral, e em termos de informação, este segmento não trouxe nada que um leitor atento e expectante já não soubesse, mas foi a confirmação de que tudo funciona com a qualidade prometida, tem o excelente aspecto que os vídeos indicavam, e principalmente, parece tão divertido como esperávamos desde a primeira hora.

Delsin prepara-se para satisfazer quaisquer fantasias de poder que possamos ter, 7 anos após os eventos de Infamous 2, acredito que o padrão de exigência da Sucker Punch para Second Son esteja bem alto, até porque se trata de um título muito esperado pelos jogadores, uma das razões para muitos terem optado pela Sony nesta geração, e muito provavelmente, o primeiro "system seller" da PlayStation 4.

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