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16.7.2 - A Sony tenta emular na PlayStation 4 o que conseguiu com a PlayStation 2

Conferência no Japão mostrou muitos jogos.

A Sony Computer Entertainment Japan apresentou hoje a sua conferência pré-Tokyo Game Show, na qual deu a conhecer as principais novidades em termos de videojogos e derivados. Foi o momento perfeito para anunciar novas cores personalizáveis para a PlayStation 4, novas cores para o DualShock 4 e ainda uma descida no preço, novidades que deixam qualquer um verdadeiramente curioso. Foi o dia ideal para anunciar um novo Hatsune Miku: Project Diva Future Tone para a PlayStation 4 e um novo Mobile Suit Gundam: Extreme VS Force para a PlayStation Vita, séries de pouco alcance aqui no Ocidente mas altamente vibrantes no seu mercado interno, portanto foi sem dúvida um dia recheado de novidades. Na verdade, a SCEJ e as suas parceiras anunciaram 16 novos jogos PlayStation 4, 7 novos jogos PlayStation Vita e 2 novos jogos para a PlayStation 3. Coisa boa para os adeptos dos produtos nipónicos.

Depois da sensação de atravessar sozinha o deserto com a PlayStation 3, a Sony parece agora demonstrar com a PlayStation 4 que está aos poucos a recuperar a posição invejável com que liderava esta indústria na era da PlayStation 2. Esta é provavelmente a mensagem mais importante que precisa passar para os consumidores. A mensagem que está novamente na linha da frente na hora das editoras e estúdios pensarem em quais plataformas vão lançar os seus jogos, que por sua vez torna a sua máquina mais apetecível para o grande público. A PlayStation 4 chegou mais tarde ao Japão mas parece vir do país de origem da Sony a mensagem que estaremos muito rapidamente perante um panorama similar ao de 2002: só numa consola Sony terão o melhor dos dois mundos. Uma grande parte dos consumidores procurou as plataformas PlayStation devido ao sabor Japonês que elas ofereciam.

Claro que sendo uma conferência da divisão Japonesa, o grande foco dos anúncios foi para produtos cujo lançamento na América do Norte ou Europa não está de alguma forma garantida. No entanto, prova bem a importância do mercado interno para a Sony quando todos, sim todos, os jogos anunciados hoje estão a ser desenvolvidos por companhias Japonesas. Houve ainda tempo para a Sony cimentar a parceria com a Activision para Call of Duty: Black Ops 3 mas o grande foco esteve na companhia que desenvolve Final Fantasy, na companhia que comemora os 20 anos de Resident Evil, no estúdio que desenvolveu Gravity Rush e também na companhia que anunciou em 2005 um jogo PlayStation 3 para o anunciar agora como jogo PS4.

A Sony quis mostrar ao Japão que os fãs de JRPGs encontrarão na PlayStation 4 a sua casa, quis mostrar que Dragon Quest está de volta à PlayStation e que as suas relações com as grandes casas Japonesas está a voltar aos tempos áureos. Da SEGA tivemos o anúncio de dois jogos na série Yakuza, um deles original, da Sony tivemos a confirmação que Gravity Rush não ficou esquecido, apesar da Vita ter ficado de fora do anúncio, e da Square Enix tivemos séries como Final Fantasy ou Kingdom Hearts a relembrar os tempos em que eram exclusivas das suas consolas. Para a grande maioria dos jogadores no Ocidente, nomes como Vanillaware ou Danganronpa pouco significado têm mas para uma fatia de jogadores que cresceu com as consolas PlayStation, ostentam toda a personalidade e essência que os apaixonaram.

A PlayStation 3 marcou uma pálida presença no evento, assinalando que de mês para mês vai deixando de ter espaço na estratégia da Sony, algo que a Vita até se podia queixar mas que contraria ainda assim. Foram 7 jogos de séries ou estúdios consagrados entre o públicos Japonês e pelo menos tentam iludir quem comprou uma Vita que existe o apoio suficiente para a manterem por perto. Não sabemos se será o suficiente para incentivar novos compradores mas pelo menos mostra a portátil a tentar lutar contra um destino que parece cada vez mais certo.

Se pensarem nos principais nomes ou estúdios que estiveram lá na hora de destacar e consagrar a PlayStation 2, provavelmente vão começar a vê-los agora a dedicar o seu tempo à PlayStation 4. Algo que não fizeram, ou pelo menos não com o mesmo afinco, com a PlayStation 3, e como se dois Dragon Quests não fosse já bom, a consola mais recente da Sony começa agora a apresentar em exclusivo nomes sonantes em séries de renome e mais importante do que isso, começa já a estabelecer a transição definitiva entre a anterior geração e esta actual.

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