7 jogos que desapareceram sem deixar rasto
Chamem o CSI.
Wild - Wild Sheep Studio
Em 2014, antes da Ubisoft ressuscitar Beyond Good & Evil 2, Michel Ancel, o game designer francês conhecido por criar Rayman, apresentou Wild, um jogo em mundo aberto que decorria nos primórdios da humanidade. O jogador controla um Shaman com a habilidade de possuir diferentes animais do mundo, sendo até possível colocar vários animais a cooperar para atingir um objectivo. A última vez que Wild teve algum destaque foi em 2015, quando um novo trailer gameplay foi divulgado como parte da Paris Games Week, mas em 2017 Michel Ancel publicou algumas fotografias do jogo no seu Instagram.
O que aconteceu a Wild? Com Michel Ancel altamente envolvido e ocupado com Beyond Good & Evil 2 da Ubisoft, provavelmente o desenvolvimento está a progredir mais lentamente do que inicialmente esperado. Há que explicar que Wild não é um jogo da Ubisoft, mas sim do estúdio fundado por Michel Ancel, que saiu da Ubisoft mas está envolvido em Beyond Good & Evil 2 (sim, é confuso). A nossa aposta é que Wild só vai receber a devida atenção de Michel Ancel depois do lançamento de Beyond Good & Evil 2, portanto, é capaz de falhar esta geração de consolas.
1666: Amsterdam - Patrice Desilets
A história de 1666: Amsterdam é complicada. Os direitos do jogo pertencem neste momento a Patrice Désilets, o criador da saga Assassin's Creed, mas isso só aconteceu depois de uma batalha legal contra a Ubisoft. 1666: Amsterdam era o jogo que Patrice Désilets estava a visionar quando trocou a Ubisoft pela THQ Montreal. Quando a THQ entrou em falência, a Ubisoft comprou o estúdio e a propriedade intelectual, mas Désilets rapidamente voltou a sair da Ubisoft e lutou em tribunal pelos direitos do jogo que estava a desenvolver. Em 2016, conseguiu finalmente os direitos de 1666: Amsterdam.
O que aconteceu a 1666: Amsterdam? O jogo nunca foi terminado e com a batalha legal pelos direitos do jogo, certamente que não há progressos no desenvolvimento há bastante tempo. Além disso, Patrice Désilets está agora ocupado com outro jogo: Ancestors: The Humankind Odyssey, que está previsto para 2019 e que nos leva para a África de há 10 milhões de anos atrás. Patrice Désilets prometeu em 2017 que 1666: Amsterdam vai acontecer eventualmente e que o desenvolvimento será feito na Panache Digital Games, o seu estúdio independente. Tudo o que há de 1666: Amsterdam é um vídeo off-screen ao qual podes assistir logo a seguir.
Half-Life 3 (ou Half-Life 2: Episode 3) - Valve
É o jogo que deu origem ao meme "A Valve não sabe contar até 3". Supostamente, seria a continuação da história de Gordon Freeman e dos eventos estabelecidos em Half-Life 2: Episode 2 de 2007, mas os planos para lançar três episódios de Half-Life 2 nunca se concretizaram por inteiro. A companhia lançou dois episódios aclamados, deixando os fãs à espera até agora do terceiro episódio.
O que aconteceu a Half-Life 3? As teorias são várias. Inicialmente os fãs acreditavam que o Episódio 3 de Half-Life 2 estava a ser convertido num jogo inteiro devido ao atraso. Outros dizem que a Valve perdeu o interesse em fazer jogos (o que não é completamente verdade visto que ainda em Novembro de 2018 lançou Artifact). No entanto, de facto, a Valve já não lança um jogo focado no single-player desde Portal 2 (foi lançado em 2011). A companhia lançou outros jogos como DOTA 2, CS GO e mais recentemente Artifact, mas todos foram desenhados a pensar no multijogador.
É possível que, no meio de tanto entusiasmo, Half-Life 3 se tenha tornado num daqueles projectos demasiado grandiosos e com problemas de desenvolvimento, o que pode ter levado a Valve a colocar o projecto numa gaveta. Numa actualidade em que jogos como DOTA 2 e CS Go têm tanto sucesso (já para não falar de jogos de outras companhias como Fortnite), a Valve pode pensar que não é o momento ideal para apostar novamente em Half-Life. Não sabemos se o jogo alguma vez será lançado, mas se nesta geração Shenmue 3 se tornou realidade, acreditamos que no futuro tudo pode acontecer.
