A Guerrilla fala do infame trailer de Killzone 2 de 2005
Achas que algo não bateu certo? Não estás sozinho.
O Noclip está de volta com mais um documentário financiado com a ajuda dos seus seguidores e desta vez viajou até à Holanda para conversa com a Guerrilla Games sobre o passado, presente e futuro.
Num novo documentário que nenhum fã de Horizon Zero Dawn pode perder, o Noclip viaja ao passado do estúdio Holandês para falar sobre as suas raízes e como passaram tanto tempo dedicados aos jogos de acção na primeira pessoa. Nesta viagem pelo tempo, poderás finalmente descobrir a verdade sobre o infame trailer de Killzone 2 apresentado na E3 2005.
O trailer que despertou intensas discussões entre os jogadores, foi um "bullshot" usado para propósitos internos e que nunca deveria ter vindo a público, segundo agora é confirmado.
Angie Smets, produtora executiva na Guerrilla, partilhou que aquela explosiva sequência era "um vídeo com uma perspectiva interna sobre o que os jogos de acção na primeira pessoa poderiam ser na próxima geração." O vídeo foi preparado apenas para uso interno porque segundo confirma Smets, Killzone 2 estava a ser preparado para a PlayStation 2.
Meses mais tarde, Ken Kutaragi subiu ao palco da E3 em 2005 e para espantar os fãs, começou a apresentar amostras do que seria possível na PlayStation 3. Segundo Kutaragi, o conteúdo havia sido preparado pelos estúdios para serem apresentados, mas no caso de Killzone 2 tal não era verdade. Smets diz que não submeteram o vídeo para apresentação na E3.
"Estávamos a assistir a isto em casa, a dizer, 'Não! O que é que ele acabou de dizer? Não é verdade!' Depois pensei que ninguém iria acreditar naquilo, era óbvio que tudo era pré-renderizado. Depois fomos ao computador e descobrimos que muitas pessoas acreditaram no que foi dito."
Kutaragi disse que aquele vídeo apresentava Killzone 2 a correr em tempo real na PlayStation 3, algo que chocou os funcionários da Guerrilla e os apanhou totalmente desprevenidos.
Smets recorda ainda que o primeiro kit de desenvolvimento da PS3 tinha acabado de chegar ao estúdio e provavelmente nem um triângulo tinham feito na consola, quanto mais um trailer em tempo real.
O infame vídeo está disponível em baixo:
O vídeo foi removido dos canais oficiais da Sony e a Guerrilla confirmou mais tarde que foi feito a pensar em como o género poderia avançar na PlayStation 3, algo que não não revelava toda a verdade, mas estava mais perto disso em comparação com o que Kutaragi disse.
Como consequência do que Kutaragi fez na E3 2005, a Guerrilla foi colocada debaixo de imensa pressão e foi forçada a expandir o estúdio de uma forma inesperada para cumprir com as maiores exigências do desenvolvimento na PS3.