A melhor arma da Nintendo Switch 2 já foi confirmada
A retrocompatibilidade é extremamente importante.
A Nintendo Switch 2 ainda não foi revelada oficialmente, esperamos que isso aconteça nos primeiros dias de 2025, mas a constante chegada de imagens de acessórios acompanhadas por um design comum a todas elas começa a instalar a perigosa ideia que já vimos a consola. Mesmo sem a Nintendo a mostrar ao mundo, sem falar das suas funcionalidades e especificações, parte do encanto na revelação de uma nova consola corre o risco de ficar perdido.
No entanto, mesmo que este seja o design da consola e sem sabermos as suas principais funcionalidades, há algo que já sabemos de fonte oficial, que já serve como alicerce a partir do qual podemos construir uma expectativa otimista em torno da próxima geração da Nintendo. A retrocompatibilidade foi confirmada oficialmente e essa é sem dúvida a maior arma para a companhia.
O espetacular sucesso da Nintendo Switch representa um enorme sorriso para a face de todos os que trabalham na companhia japonesa, mas também poderá ser visto como o maior desafio que terá pela frente, pelo menos na hora de convencer os jogadores a transitar. Os fãs mais dedicados, que esperam ansiosamente pela nova consola, não precisam de muito para a comprar no dia de lançamento, mas quando temos mais de 140 milhões de potenciais compradores, estamos longe de uma abordagem universal.
Muitos vão permanecer mais alguns anos com a atual Nintendo Switch, especialmente os que acabaram de comprar uma, mas outros tantos vão transitar o mais rápido possível. Parte disso será devido aos novos lançamentos, talvez um Super Mario Odyssey 2 para demonstrar o potencial do novo hardware e como vai além da atual consola, outra parte poderá ser pelas diferenças que blockbusters como Pokémon Legends: Z-A inevitavelmente vão demonstrar. Isto terá especialmente impacto na audiência hardcore, mas se a diferença for significativa, poderá ajudar a criar maior entusiasmo pela transição.
No entanto, como referido, aconteça o que acontecer, a maior arma a favor da Nintendo Switch 2 já está confirmada, a possibilidade de jogarmos o catálogo todo adquirido ao longo de 8 anos na nova consola. Sim, quem compra uma nova consola é para jogar novos jogos ou versões superiores de jogos cross-gen, mas é um enorme conforto psicológico (uma barreira instantaneamente derrubada) sabemos que todos os nossos jogos transitam connosco e estão facilmente acessíveis no equipamento que vamos adquirir.
No caso da Nintendo Switch 2 isto é especialmente importante pois o número de jogos comprados por cada consola vendida é elevado, e há uma década que abandonamos o velho conceito de deixar para trás os jogos quando transitamos para uma nova geração. A retrocompatibilidade é mais do que uma almofada psicológica, é um sinal de respeito pelo consumidor, um acompanhamento das evoluções tecnológicas e diria que é um conceito amigável da carteira. Além do dinheiro para comprar novos jogos ser limitado, os tempos de espera entre lançamentos podem ser preenchidos ao jogar o imenso catálogo construído ao longo de anos.
Estás à espera de um novo The Legend of Zelda? Mata a espera ao jogar novamente Breath of the Wild ou Tears of the Kingdom, agora com melhorias gráficas e no desempenho. Queres muito o novo Pokémon Legends? Vai jogando os que estão disponíveis na Switch, a Nintendo continuará a vendê-los e esfrega as mãos sempre que os vir nas tabelas de jogos mais vendidos, longos anos após o lançamento. É bom para o consumidor e bom para a Nintendo, por isso não é surpresa nenhuma que a companhia o tenha confirmado oficialmente, muitos meses antes de mostrar sequer a consola.
Para os adeptos dos jogos menos populares, isto é igualmente um destaque. Quaisquer futuros esforços em Xenoblade poderão ser colocados ao lado da série que foi lançada por completo na Switch, pérolas como ARMS não se perdem no tempo ou no hardware como antigamente. Mais importante do que em qualquer outra transição anterior entre gerações Nintendo, não vamos abandonar o catálogo, não precisaremos de remasters com 2 anos para manter os jogos facilmente acessíveis, uma vitória para os jogadores que assistem à Nintendo a acompanhar os tempos.
Os jogadores PlayStation, Xbox e PC já estão familiarizados com este conceito, sabem os benefícios que trazem. Para muitos, é uma piada jogar jogos de anterior geração em novo hardware, mas para quem os deixou passar ou não tem carteira sem fundo, voltar a jogar jogos do catálogo ainda é uma tática muito eficaz. A retrocompatibilidade é de imediato a melhor arma que a companhia poderia anunciar.
Isto é descrever o óbvio, mas nestas semanas que antecedem o anúncio da Nintendo Switch 2 e a descoberta das primeiras informações oficiais, não consigo esconder o entusiasmo por esta consola e especular sobre o que a companhia preparou. Entre o entusiasmo e o nervosismo causado pelas incógnitas, numa coisa estou totalmente tranquilo, na alegria que me traz a certeza que o meu catálogo Switch não fica para trás.