A semana em imagens - Da Lua a Hong Kong
As desventuras e aventuras nos videojogos.
Ao longo desta semana tenho pensado em como a internet e a indústria dos videojogos entrou novamente em modo SERIOUS BUSSINESS. Tudo porque temos a caminho um novo exclusivo para uma das consolas de nova geração: The Order: 1886 para a PlayStation 4. É óbvio que qualquer exclusivo de qualquer plataforma é esperado com grande ansiedade, afinal de contas são uma das principais razões que nos levam a comprar uma consola e não a outra. No entanto, parece que por vezes nos esquecemos que estamos na indústria do entretenimento e nem pensamos na diversão. É certo que meio mundo está preocupado com a questão financeira da coisa mas aqui deste lado temos que pensar na diversão que um produto nos dá e não temos que passar o tempo todo a fazer o trabalho esperado de um relações públicas. Mesmo assim, cuidado com a internet furiosa. Metade qurer provar à força que o jogo falhará e outra metade afirma que será um grande jogo. No meio desta diferença qual a comum? 99% deles ainda não o jogaram.
Seja como for, The Order é um dos jogos do momento e aguardado com imenso entusiasmo por isso, nada melhor que um espectacular vídeo a provar que a diversão, a alegria e um espírito extrovertido são precisos. Especialmente numa altura em que os gamers parecem esquecer que isto é um entretenimento. O mesmo se pode dizer da actual situação de Destiny, a constante série de tentativa/erro do Bungie, estúdio responsável pelo jogo, está a levar os fãs à loucura mas ainda assim eles continuam a regressar ao jogo. Nem que seja pelo menos à Terça para ver se ganham mais precisos shards....Destiny é um dos perfeitos exemplos de como a diversão pode ser esquecida e uma parte do porquê da indústria do entretenimento estar a ser levada com demasiada seriedade, ninguém quer sentir que está a perder tempo ou que fez uma má compra.
Inevitavelmente, a semana começou com uma incursão a Crota em Hard para tentar obter mais umas exóticas (já sentiram que apenas ganham aquelas que não querem ganhar...porque são repetidas), obter mais umas energies, shards e quem sabe uma arma Lendária pois até mereço receber duas Black Hammer, duas Abyss Defiant e uma Hunger of Crota. É o merecido para quem vai ao Atheon em Hard ganhar uma nave rasca e Ascendant Shards (nem a Hawkmoon compensou isso). Claro que isto é um jogo de equipa, são os melhores momentos do jogo e naquela primeira parte as coisas podem complicar em Crota. Enquanto Rise of the Tomb Raider voltava às manchetes, ia saboreando a vida na Lua.
O nosso Adolfo voa depois da ponte, depois de um Ogre, para o resto da equipa conquistar o seu precioso loot. Aquele momento em que inevitavelmente alguém vai resmungar e afirmar que desistirá do jogo. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura e o Bungie corre o sério risco de saturar os jogadores. No meio disto tudo aprendemos que existem jogadores mesmo fantásticos, completamente dedicados que investem o seu esforço no jogo e que a frustração que se sente num jogo que jogamos todos os dias começa a ser inevitável.
Nesta segunda imagem, temos já uma nova incursão a Crota mas em Normal após o reset semanal, de forma a ganhar loot a dobrar. Se na imagem anterior fica a ideia de alguém que é levado ao colo, infelizmente acontece-me muitas vezes pois não tenho a habilidade de outros, aqui posso descrever-me como um bravo aventureiro que pegou na espada de alguém que entretanto morreu mesmo à sua frente para cavalgar pela ponte e com toda a sua bravura...se sentar!
A sensação que Destiny goza com o jogador é quase palpável e em contra-partida, o jogo parece ter-se tornado numa espécie de "descobre os erros/glitches que te possam ser úteis. Aqui recorremos a uma estratégia que permite que alguém ultrapasse a ponte para depois se sentar e impedir que os Totens nos eliminem. Basta sentar aqui neste local e podem até pousar o comando. O resto da equipa precisará de pelo menos um Warlock para ressuscitar e eliminar os Ogres. Em Normal podem todos voltar à acção e ajudar.
A minha semana começou assim, à procura de mais materiais e armas novas em Crota para colocar o meu Titã a 32 e melhorar as armas mas não pensem que isto é mais um artigo sobre Destiny, apesar de a dado momento até ter parecido que iria ser tal. Não, a semana não se fez só com Destiny pois com a chegada da Trial Version de God Eater 2: Rage Burst para a PlayStation 4, tive finalmente o prazer de entrar em contacto com a série da Bandai Namco.
Com visuais que oscilam fortemente em termos de qualidade, God Eater chega à PlayStation 4 com a possibilidade de experimentar com duas semanas de antecedência os primeiros instantes do jogo. Sejam as primeiras missões, o passear pela sede ou até conhecer algumas das caricatas personagens, a demonstração permite que saciem a vossa curiosidade. Quanto mais não seja permite que testem experiências novas na vossa consola de nova geração enquanto desfrutam de um belo sabor Japonês, que ainda é escasso na plataforma diga-se.
Ainda no Oriente, a minha recente compra já está a ser utilizada para eliminar a forte presença de Destiny na minha vida de jogador. A versão de nova geração da aventura de Wei Shen está-se a formar como um produto envolto num drama credível num ambiente fascinante. Aquela sensação de viajarmos para outro local, a de termos uma imersão muito desejada que produtos como Yakuza ou claro Shenmue, conseguiram estabelecer existe aqui e aos poucos e poucos o jogo cresce connosco.
Winston vs. Dog Eyes e a constante luta interna de Shen. O gameplay certamente precisa de melhorias na condução e algumas mecânicas de combate (aquela condução é horrível) mas no geral e na história, temos aqui um "GTA Oriental" de enorme capacidade. É um dos crimes que cometi na anterior geração e que estou a colmatar nesta. Espero que o jogo não defraude as minhas expectativas, até porque não tinha nenhumas e foi o próprio que mas criou.
Ao longo da semana tive também algum tempo para experimentar Immortal Odyssey: o que descrevo como um "Murasama: The Demon Blade na China adaptado para iOS". Um produto da Gameloft, o que nos deixa logo com o pé atrás pois temos a certeza que ao ser gratuito estará carregado de elementos gameplay que pedem dinheiro real, apesar de toda a sua qualidade no resto. Os visuais são deliciosos e os controlos altamente simples. Basta tocar numa parte do ecrã para percorrer os cenários, existe até a possibilidade de carregar em ícones no ecrã para viajar directamente aos pontos necessários e os combates decorrem por turnos. É gratuito mas exige constante ligação à internet por isso podem experimentar.
Se são donos de um smartphone então não podem deixar escapar Framed. Este é um jogo que ganhou vários prémios pelo seu inteligente design, imaginativo gameplay e visuais atraentes. Imaginem uma espécie de livro interactivo, Framed pede aos jogadores que reorganizem os quadros para que os personagens consigam escapar até ao final da página. É uma história cuja imagem brilha em sintonia com a componente sonora e que nem precisa de palavras para nos transmitir a sua ideia.
Este quebra-cabeças multi-premiado poderá ser curto para o valor pedido mas enquanto dura é incrível e se tal como eu, tiveram a oportunidade de o adquirir a custo zero, em celebração do Dia da Austrália, então sabem bem que é um dos imprescindíveis para qualquer dispositivo portátil que vos acompanhe.
Para terminar deixo aqui um dos meus momentos favoritos desta semana: o primeiro trailer gameplay de Persona 5. Parece ostentar todo o espírito da equipa que desenvolve os jogos da série e desde o ambiente aos visuais, parece ser daqueles jogos que merece uma pré-reserva assim que disponível. Abraços pessoal e bom fim-de-semana.