Activision Blizzard e Microsoft acusadas de manipular o seu negócio
Para explorar o escândalo com os funcionários.
Um fundo de pensões do governo da Suécia avançou com um processo legal contra a Activision Blizzard Inc. e a Microsoft Corp., acusando as companhias de tirar proveito do escândalo em torno da companha e de proteger o CEO, Bobby Kotick.
A queixa, com mais de 200 páginas, acusa Kotick e ex-membros do quadro de gestores da Activision Blizzard de preparar um negócio abaixo do preço real da companhia, apenas para permitir que o CEO permaneça na liderança até à venda, o que lhe permitirá receber um prémio milionário.
A Microsoft é acusada de usar o escândalo em torno da Activision para a comprar a "preço de saldo" num momento de fraqueza. De acordo com o Bloomberg, "a Microsoft explorou o escândalo do assédio e usou a sua influência comercial sobre a Activision precisamente para oferecer a Kotick uma forma de salvar a sua própria pele."
"Conspirou com Kotick e o quadro de gestores para os ajudar a escapar às consequências pessoas e profissionais do escândalo."
Um representante da Activision defendeu o negócio e afirma que se trata de um bom valor para os accionistas, relembrando que conseguiram 98% de aprovação. Além disso, refere que foi uma decisão pensada pelo bem de todos os funcionários.
Da parte da Microsoft, um representante diz que o negócio foi efetuado de forma "justa e de acordo com a lei".
O processo legal acusa a "transação negociada de forma apressada" de servir apenas para proteger Kotick e outros gestores das consequências, sem esquecer que receberá mais de 400 milhões de euros como prémio.
A queixa apresentada diz ainda que a Microsoft foi rápida para tirar proveito do momento e ajudar a tirar os holofotes do escândalo. Além disso, acusa os gestores de esconder informação importante antes da aprovação.