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Activision Blizzard enfrenta novas acusações de assédio sexual e discriminação

Acusada de retaliar contra funcionários que apresentaram queixas.

O tribunal superior do condado de Los Angeles apresentou formalmente um novo processo legal contra a Activison Blizzard, em nome de uma atual funcionária da companhia que fala numa série de casos de assédio sexual e discriminação na companhia.

Além disso, esta funcionária da Activision Blizzard fala em retaliação após ter falado publicamente das suas experiências na companhia e deixa alegações perturbadoras sobre a realidade que viveu.

Segundo partilhado pelo Bloomberg Law, a funcionária, cujo nome real não é revelado e é apresentada como Jane Doe, começou a trabalhar como assistir administrativa sénior para executivos no departamento de tecnologia da Activision Blizzard em 2017. Doe diz que foi frequentemente pressionada a beber álcool na hora do trabalho, foi alvo de comentários sexuais sobre a sua aparência e roupa, foi alvo de contacto físico não desejado e até a tentaram beijar.

Doe também menciona que era frequente ser forçada a participar em momentos onde diversos funcionários se reuniam num pequeno espaço nos escritórios para receber comentários sexuais e ser apalpada.

Para tentar combater o desconforto, começou a vestir-se de forma mais conservadora e a evitar jantares com os líderes fora do local de trabalho. Quando se queixou sobre o excesso de bebida e investidas sexuais no local de trabalho, recebeu como resposta que era uma forma dos líderes mostrarem que queriam ser seus amigos. O processo menciona cinco funcionários da Activision Blizzard que lhe disseram para se calar pois poderia causar danos à companhia.

Após as queixas, alega que o ambiente de trabalho se tornou hostil e não foi aceite para diversas vagas quando tentou sair do seu departamento. Doe alega que quando se queixou do assédio e discriminação a Allen J. Brack, na altura o presidente da Blizzard, numa queixa escrita foi-lhe oferecido um lugar noutro departamento, uma posição com salário muito inferior.

Além disso, diz que foi discriminada após falar dos acontecimentos e alvo de retaliação pela companhia. Doe pede agora uma recompensa monetária, o despedimento de Bobby Kotick e a implementação de um departamento de recursos humanos rotativo que seja capaz de ouvir os problemas dos funcionários sem criar conflitos de interesse com a gestão da companhia.

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