Activision remove cena na Praça Tiananmen do trailer de Call of Duty: Black Ops Cold War
Foi banido na China.
O teaser de Call of Duty: Black Ops Cold War incluía uma cena na Praça Tiananmen na China, mas apesar de durar menos de um segundo, fez com que o vídeo fosse banido na China e a Activision forçada a editá-lo.
Após editar o vídeo para contornar a situação, esta versão actualizada foi apresentada em todo o mundo e colocada no lugar do teaser original que confirmou oficialmente ao mundo o jogo Call of Duty: Black Ops Cold War.
A cena na Praça Tiananmen surgiu numa parte com uma montagem de eventos reais e foi duramente criticada na China, acabando por levar as autoridades a bloquear o vídeo no país, avança o SCMP e o Apple Daily. O trailer original tinha uma duração de 2:02 minutos e foi substituído por uma versão com apenas 1 minuto (disponível em baixo), mas ainda podes ver a versão original em alguns canais do Youtube.
O governo chinês sempre fez questão de gerir de forma rigorosa com as informações sobre os Protestos na Praça Tiananmen em 1989, que resultou na morte de centenas de pessoas que defendiam a instalação da democracia na China. O massacre nunca foi reconhecido oficialmente e nunca foi publicado o número de vítimas mortais, sendo proibido discutir sequer o acontecimento.
Esta não é a primeira vez que a Activision se vê em maus lençóis devido a questões relacionadas com a China e o exemplo de maior perfil está relacionado com os protestos de Hong Kong. A Blizzard baniu o jogador Chung "blitzchung" Wai, que expressou o seu apoio aos protestos de Hong Kong numa livestream de Hearthstone, o que resultou numa grande polémica e duras críticas à companhia.
O assunto foi até tema no Congresso dos Estados Unidos pois o gesto foi encarado como pressão exercida pelo governo chinês em companhias Norte Americanas devido ao seu poder e interesses empresariais. Agora, ao editar o vídeo, a Activision coloca-se a jeito para mais uma polémica e tudo devido a uma cena com menos de um segundo.