Age of Conan: Hyborian Adventures
O Rei Conan governa a belo prazer. Mas temos que pagar.
Age of Conan: Hyborian Adventures é uma adaptação para videojogo da obra literária de Robert Ervin Howard. Esta primeira incursão, leva-nos à Hyborian Age, uma idade pré histórica mítica, na Europa e Norte de Africa, chamada de Hyborian Kingdoms, onde Rei Conan imperava com braço de ferro.
A Funcom, criadora de Age of Conan: Hyborian Adventures, tenta desta forma rivalizar com pesos pesados dos MMORPG, caso de World of Warcraft e Guild Wars, para apenas mencionar alguns.
Neste jogo podemos escolher entre três raças, sendo elas os bárbaros Cimmerian, os nobres Aquilonians e os traiçoeiros Stygians. Existe num total doze classes, as quais sofrem limitações quanto às raças e pertencem também elas a um “archetype” (arquétipo). Os “archetypes” existentes são: Soldier, Priest, Rogue e Mage. Estes “archetypes” definem o estilo de jogo de cada classe e também as tornam em certos aspectos comuns, como por exemplo na árvore de talentos, ou “Feats”.
Infelizmente, ainda existe muito desequilíbrio entre classes, principalmente quanto ao PvP. Rangers e Tempests of Set são particularmente poderosos neste campo, segundo a opinião geral da comunidade, visto conseguirem atacar de longe, esconderem-se, imobilizarem inimigos, curarem-se e outras coisas mais. Este é um dos aspectos que dá a entender o quão incompleto o jogo está.
Para um jogo do seu género, que regra geral têm gráficos medíocres, este jogo é, de facto, uma excepção. Tem gráficos estonteantes, pormenores relativos aos personagens que tendo em conta o tipo de jogo, são muito bons, tal como a qualidade e pormenores do corpo, como a pele e os músculos, bem definidos, os efeitos de luz que incidem no rosto, cenários realísticos, efeitos de habilidades e feitiços incríveis e muitas outras coisas que poderíamos acrescentar.
Infelizmente, ainda não é compatível com DirectX 10, e também com uma grande variedade de placas gráficas, causando assim muitos “glitches” gráficos a muita gente.
A banda sonora é deveras envolvente e muito bem concebida, dando a ideia de que estamos perante algo épico que nos transporta à era do Rei Conan! Quanto ao resto dos sons, o ambiente em si faz-nos crer que estamos mesmo nesse determinado lugar, seja ele a selva, a praia ou a montanha. Não só nos gráficos mas no som também temos pormenores, como por exemplo andar na água: quanto mais fundo andamos na água, mais denso fica o som da água, dando mesmo a ideia que já estamos com a água até aos joelhos!
O som nas lutas, tanto os gritos de guerra, como também o som das armas, está bastante realista. O mesmo não poderemos dizer quanto ao desmembramento de corpos, pois nunca tivemos experiência em tais práticas!
Infelizmente, devido ao jogo estar ainda muito incompleto, que mais parece uma fase “beta”, só temos o prazer de ouvir conversas faladas na zona inicial, Tortage, até cerca de nível 20. Daí para a frente, não ouvimos nada mais do que gemidos, gritos e risos, tornando assim as “cut-scenes”, não só cómicas como também sem sentido.