Aion - Tower of Eternity
Asas para que vos quero?
Escolhido o nosso alinhamento, estamos perante um jogo que tem duas vertentes distintas mas que a base acaba por ser a mesma. A nossa personagem acorda sem memória alguma de como foi ali parar e do que se havia passado e partimos na busca pelas nossas recordações assim como nos dedicamos a prestar um bom trabalho aos Deuses que nos protegem dia... e noite! De resto, resume-se a uma das facções atribuir culpas à outra pelo sucedido no passado.
Esta escolha de retirar a memória à nossa personagem foi uma óptima forma de levar o jogador a ambientar-se a todas as particularidades de Aion. Durante os 10 primeiros níveis não podemos voar, somos meros peões à procura de um lugar numa batalha que se prolonga há séculos, umas crianças que dão os primeiros passos num local que tem muito para ensinar aos novatos. É um bom tutorial, que consegue esticar-se por mais tempo do que se esperava mas que sabe injectar novo entusiasmo na altura certa, pois assim que cheguemos a nível 10 somos presenteados com um belo par de asas.
Contudo, e como se costuma dizer, não há bela sem senão! Aquilo que tornava este jogo numa grande aposta, principalmente na variedade que podia proporcionar ao jogador, acaba por desabar completamente assim que percebemos que as asas não nos libertam assim tanto quanto seria de esperar.
Obviamente que voar é possível, mas voar na nossa capital, imensamente espaçosa e cheia de locais a visitar, não é possível. Voar entre secções do mapa já volta a ser uma oportunidade, mas assim que entremos num local onde missões, sejam as principais ou as secundárias, tenham de ser completadas, voltamos a viajar com recurso aos famosos pés! Como o jogador já não estava restringido o suficiente, estamos também limitados a um determinado tempo de utilização das nossas asas. Acaba o tempo, acaba-se a magia e caímos de cara no chão.
Com a evolução da nossa personagem as asas vão melhorando, não só visualmente mas também no aumento de tempo que é permitido voar, ainda assim, torna-se uma funcionalidade obsoleta no modo PvE, que leva o jogador a sentir-se tão preso quanto se sentia se só tivesse a possibilidade de dar corda aos sapatos e deslocar-se de um determinado ponto a outro.
Acede a uma nova missão, completa essa missão, volta à personagem que te deu a missão e recebe a recompensa. Despachem-se a subir de nível e se não conseguirem somente através das missões, e não vão conseguir, sempre podem recorrer ao malogrado grind. O que há mais a descobrir no modo história de Aion? Que todas e quaisquer parecenças com a forte concorrência que é World of Warcraft não passa de uma infeliz coincidência.
Após uns quantos dias a subir o nível da nossa personagem somos então presenteados com o modo PvP e nesta vertente do jogo os dois lados, separados no modo PvE, juntam-se para combater frente a frente na conquista por mais áreas de influência, mais concretamente castelos, que podem ser controlados por Legions, mais conhecidas por guilds.