Alone in the Dark
Com inimigos destes podemos nós bem
Como já dissemos o jogo tem 10 capítulos, mas tendo a Atari pensado nos jogadores menos hardcore, podemos salta-los, ou seja, se ficarmos presos num podemos ir ao menu principal e seleccionar aquele que queremos jogar, e assim continuar a progredir na história. O destaque vai para o facto de vermos um pequeno resumo dos acontecimentos que até aí decorreram, ao estilo de uma série de TV.
Outro ponto forte do jogo é a banda sonora, extremamente deliciosa, que nos acompanha durante todos os acontecimentos. O mesmo já não podemos dizer da qualidade das vozes das personagens, que deixa algo a desejar.
Alone in the Dark destaca-se de outros jogos do género principalmente porque não existe um inventário. Todos os itens que coleccionamos pelo caminho estão presentes no casaco de Edward, bastando pressionar “select” para aceder aos mesmos. O sistema de cura também é bastante original. Seleccionamos uma pequena garrafa com a solução milagrosa, e pulverizamos as regiões afectadas que queremos.
Apesar do fogo não ser tão dinâmico como se pensava, pelo menos nesta versão PS2, não desilude, e este vai servir tanto para nos guiar por locais menos iluminados como para desimpedir caminhos. Para tal podemos agarrar numa cadeira que esteja por perto e aproximá-la da fonte do incêndio. Depois de esta estar a arder transferimos esse fogo para uma porta ou pedaços de madeira que estejam a bloquear o acesso a alguma área. Existem outras formas de fazer esta acção, como por exemplo juntando o pulverizador de álcool e um isqueiro; por isso avançar no jogo depende sobretudo da nossa imaginação e dos recursos que temos.
Um outro grave problema é o facto dos checkpoints estarem muito mal colocados, e como se já não bastasse termos de voltar a repetir longas secções de jogo, os vídeos em tempo real não dão para passar, o que nos obriga a perder ainda mais tempo.
Em termos de gráficos esperávamos algo melhor, mas o que desilude mesmo são as personagens, principalmente Edward, que nem por sombras se parece com o seu congénere de nova geração.
Acreditamos que a Hydravision, responsável pela versão para Wii e PS2, podia ter feito muito melhor, pois se todos os problemas que esta versão apresenta fossem resolvidos temos a certeza que este seria um dos candidatos a jogo do ano. Aconselhável apenas para aqueles que se consideram fãs da série.