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Anarchy Reigns

Que a deixem reinar.

Existem três coisas que abundam na E3: as enormes filas, as correrias de um lado para o outro para chegar a horas a uma marcação e as mulheres lindas que estão ali para se promoverem... depois existem os jogos. No meio de tanta correria e de tanto mulherio, esqueci-me que um dos meus estúdios de eleição da atualidade tinha um jogo em demonstração. Esse jogo é Anarchy Reigns, o novo produto da Platinum Games que como tem sido apanágio até à data, aposta em criar algo novo, irreverente e até certo ponto demente, mas cheio de estilo.

Mesmo que aposte em elementos já usados ou que esteja simplesmente a dar a sua versão de como um determinado género deve ser explorado, Atsushi “The Man” Inaba está sempre empenhado no melhor e no melhor acima disso. Inaba não brinca em serviço, isso nem sequer se põe em causa, consultem o currículo dele caso precisem, e depois voltem e vão ver que acreditam.

Na verdade Anarchy Reigns acabou por ficar esquecido de forma inconsciente, a culpa foi das distrações causadas por personagens como Lara Croft, Serah Farron ou Solid Snake que iam surgindo em formato gigante para me distrair e não vamos falar das meninas da Ubisoft. Mas já antes disso havia cometido o crasso erro de duvidar do talento de Inaba e do seu pessoal na Platinum Games quando vi Anarchy Reigns ser apresentado e fiquei com dúvidas. Como se costuma dizer, não fiquei fã. Um online multiplayer brawler cujo conceito é de tal forma inovador que fiquei como que perdido sem saber o que pensar.

Jack regressa de Madworld para um novo e vibrante mundo de loucos.

Especialmente porque o foco no multi-jogador parecia indicar uma privação das fenomenais experiências para um jogador que tanto adoro. Mas isso foi em janeiro e agora estamos em Junho. Como devem ter percebido já não só me tornei fã como podem imaginar que a reação após ver e jogar foi a de uma desesperada fã num espetáculo de uma tour dos Backstreet Boys em conjunto com os New Kids On The Block... vocês percebem o efeito. Quanto ao porquê vamos a isso agora.

Anarchy Reigns pretende colocar vários lutadores ao mesmo tempo em combates corpo a corpo com um ritmo elevado e frenético, algo que vai contra a tendência dos shooters no qual os jogadores se confrontam à distância. Segundo revelado, isto não foi algo fácil de fazer tecnicamente, mas a experiência consegue mesmo surpreender, provando que o estúdio conseguiu o seu propósito e continua a espantar ao apostar em experiências inovadoras.

Ao contrário do que inicialmente se pensou, Anarchy Reigns pode ser um jogo principalmente focado na sua experiência online mas vai na mesma contar com um modo história e foi precisamente para o conhecer que estivemos numa apresentação com os produtores. No modo para um jogador vamos jogar com Jack de MadWorld e aqui temos uma estrutura baseada por missões. Como é óbvio, o jogador tem que cumprir missões para conseguir progredir. No entanto, Jack não é a única personagem com quem vamos poder jogar, Leo é o outro protagonista do jogo e vai ter uma visão diferente dos acontecimentos, oferecendo valor à longevidade e a própria jogabilidade ao ter um estilo de luta diferente.

Cada missão terá um boss e na missão que foi apresentada Jack tinha como boss Zero e onde tinha simplesmente que o derrotar. Os objetivos vão ser variados mas de momento esta era o seu objetivo, sendo que no jogo final Jack terá que fazer mais do que simplesmente derrotar alguém. Os seus combos e estilos de luta variam entre si e assim que o jogador os derrotar, eles ficam disponíveis para o modo online. Esta é a estrutura para obter os desbloqueáveis, temos que jogar até ao final da campanha para obter todas as personagens, de momento foram apresentados oito, para os podermos usar em lutas contra outros jogadores.

Anarchy Reigns conta com um modo campanha para um jogador. Aqui ganha profundidade e permite desbloquear habilidades.

Ao jogar pela campanha temos missões variadas, incluindo missões secundárias, que nos permitem obter melhorias e novas habilidades para as personagens. É uma espécie de sintonia que aqui foi criada na medida em que temos que jogar a campanha para melhorar as personagens, para assim entrar no modo multi-jogador online. Mais do que isso, no modo de um jogador não só aprendemos a controlar melhor a nossa personagem como também percebemos como melhor abordar os diferentes adversários e ficamos a par dos seus golpes.

Após a apresentação de Jack foi a vez de Leo. Esta personagem tem uma personalidade diferente, tem aspeto diferente, características diferentes e forma de jogar diferente. É uma personagem completamente diferente e jogar a campanha com ele oferece uma experiência que se sente nova. De uma forma brusca é como se Jack fosse o bruto cheio de força enquanto Leo é o gracioso no movimento cheio de estilo ao aplicar os seus golpes. Um tem uma serra elétrica num dos braços e o outro tem uma lâmina em cada um dos braços, por isso estilo não lhes falta de qualquer das formas.