Apple diz que a Epic está numa manobra publicitária para promover Fortnite
A luta continua.
A disputa legal entre a Apple e a Epic Games continua, após a dona de Fortnite ter contornado as regras da App Store iOS e introduzido uma forma de comprar micro-transações directamente no battle royale.
Segundo alega a Apple, tudo não passa de uma campanha publicitária da Epic Games para gerar maior interesse e notícias sobre Fortnite, um dos jogos mais populares do mundo. A dona do iPhone alega que a Epic apenas iniciou esta manobra para promover o seu jogo e que a própria ação legal tem o mesmo objectivo.
Os mais recentes documentos submetidos pela Apple, aos quais o TheVerge teve acesso, alegam que em Junho de 2020, a popularidade de Fortnite registou uma queda de 70%, em relação a Outubro de 2019. Isto motivou uma campanha publicitária para colocar Fortnite nas manchetes de todo o mundo e gerar conversa em torno do jogo, acusa a Apple.
A Apple diz ainda que apenas 20% dos jogadores de Fortnite acedem ao jogo exclusivamente num dispositivo iOS e que entre os jogadores activos, apenas 10% jogam na sua plataforma. Além disso, alega que se a Epic Games estivesse realmente preocupada com os possíveis danos acusados por remover Fortnite da App Store, não estaria a promover o acontecimento, como fez dentro do próprio jogo, com a campanha #freefortnite.
Além disso, alega que se a Epic estivesse realmente preocupada com os jogadores iOS de Fortnite, removeria o seu "hotfix" para colocar novamente o jogo na App Store, o mais rápido possível.
Estas alegações são um claro contraste com o que a Epic Games afirmou perante o tribunal. A dona de Fortnite alegou que a plataforma iOS é a mais popular para o jogo e onde estão quase 50% dos seus jogadores. Além disso, a Apple fala em queda de popularidade em Junho de 2020 quando eventos como o concerto de Travis Scott em Abril de 2020 criaram picos de popularidade.
A única certeza é que a disputa continuará pois a Apple alega que a Epic Games quebrou propositadamente as regras por interesse pessoal, enquanto a Epic alega estar a lutar contra a ditadura da Apple.