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ArmA II

Simulador de guerra?

Jogos de guerra, estamos todos habituados a eles. Fazem parte desta indústria desde os seus primórdios mas poucos são os que simulam na perfeição este triste fado da raça humana. Muitos apenas abordam este tema de uma maneira mais arcade, o que agrada a uns mas que são completamente desprezados por outros. Simuladores de guerra não há muitos, rapidamente vem à minha memória WARGASM no longínquo ano de 1999 ou mesmo o conhecido Operation Flashpoint.

Depois do primeiro jogo lançado em 2007 a Bohemia Interactive está de volta para o segundo assalto. Em ArmA II o realismo sobe de tom, seja ele a nível visual e até em termos de jogabilidade. Este é um jogo para homens de barba rija, as mulheres também o podem jogar pois muitas são bem mais corajosas do que alguns que eu conheço.

Para quem não conhece ArmA fica desde já a saber que é um shooter que simula os campos de batalha e seus respectivos combates o mais fielmente possível. Esqueçam jogos como Modern Warfare ou Brothers in Arms, a realidade de ArmA II é levada ao extremo, onde todos os nossos movimentos contam.

Toda esta tentativa de simular a realidade é levada muito a sério pela Bohemia Interactive. Estes são os responsáveis pelo tão aclamado Operation Flashpoint lançado em 2001, e como é óbvio, pelo primeiro Armed Assault. ArmA II desenrola-se num país fictício, Chernarus, localizado na antiga União Soviética. Somos um grupo de cinco Marines das forças Norte Americanas que tenta auxiliar o governo daquele país. Entramos num campo de batalha dominado por uma guerra civil que está a vitimizar a população daquele país.

Querem pilotar este bichinho?

A nossa equipa é denominada por “Razor Team”, somos cinco elementos com características diferentes. A entreajuda no campo de batalha é um dos elementos mais importantes, não pensem que podem executar as missões solitariamente. É essencial a ajuda dos nossos camaradas, seja para abater inimigos fora do nosso campo de visão e até para nos auxiliar quando somos atingidos por fogo inimigo. O apelo à cooperação é mais do que evidente, a dificuldade que por vezes se tem em localizar o inimigo é compensada pela boa capacidade de observação dos elementos da equipa. Estes não hesitam em dispara e fornecer elementos importantes sobre a localização dos alvos através da comunicação verbal.

Um jogo deste género teria que possuir um arsenal bélico a condizer. Temos à nossa disposição mais de 70 armas e um número impressionante de veículos, mais de 160. O armamento é uma réplica quase perfeita da realidade onde até a taxa de penetração das armas foi levada em consideração. Outro aspecto que torna este jogo muito real é o campo de batalha. Este é enorme, em certas missões temos que percorrer quilómetros até atingirmos o nosso objectivo. Percorremos florestas, montanhas, vilas e cidades.

Outro pormenor interessante é a transição do dia para a noite. Uma das missões é iniciada durante a noite onde temos que utilizar os óculos de visão nocturna. Mas com o decorrer das horas a luminosidade vai aumentando, e os óculos deixam de ser necessários. Este é um pormenor que demonstra bem o realismo implementado pela Bohemia Interactive. É bonito observar o nascer do Sol em ArmA II. Para além deste sistema de transição do tempo temos também um sistema de alteração das condições climatéricas, seja o vento, clima e ambiente. Quantas vezes não estava eu regalado ao sol quando vejo algumas nuvens carregadas a aproximarem-se. Como é óbvio, passado algum tempo lá começou a chover e aquela tarde bonita e acolhedora desapareceu.

Em relação às missões e aos seus objectivos, este jogo permite alguma liberdade de movimentos e escolhas. Por vezes temos a possibilidade de optar qual será o nosso próximo objectivo, influenciando assim, de uma certa forma, a maneira como vamos completar a missão. Também estão presentes objectivos secundários, como salvar alguns civis, cabendo a nós optar se os pretendemos cumprir.