Passar para o conteúdo principal

As maiores desilusões de 2017

Não foi um ano apenas de alegrias.

Nintendo Switch sem Virtual Console

A Nintendo Switch está a desfrutar de um forte primeiro ano, mas a consola ainda está longe de atingir a perfeição. Em falta está a Virtual Console, que permite a emulação de títulos clássicos da Nintendo. A Nintendo Switch, graças à sua portabilidade, é fantástica para isto. Imaginem ter clássicos da NES, SNES, Nintendo 64 e Gameboy numa só consola que pode ser levada para qualquer lado. É um sonho tornado realidade.

A Virtual Console deverá chegar, eventualmente. acreditamos nós. Talvez seja um dos trunfos que a Nintendo está a guardar para 2018, mas a espera está a custar. O suporte para os comandos da Gamecube levantou especulações de que a Nintendo está a preparar uma Virtual Console da Gamecube, o que seria fantástico. Esperemos é que, caso a Virtual Console seja adicionada, não seja necessário comprar novamente os títulos adquiridos nas Virtual Consoles das consolas anteriores da Nintendo.

Curiosamente, uma versão da Nvidia Shield está a caminho da China e será compatível com vários clássicos da Nintendo, como Super Mario Galaxy, The Legend of Zelda: Twilight Princess, entre outros.

Realidade Virtual perde fulgor

A realidade virtual era a grande promessa de 2016, mas ao longo deste ano foi perdendo força. Várias companhias apostaram na realidade virtual, desde a PlayStation nas consolas, a Samsung nos smartphones, e o Oculus Rift e HTC Vive no PC. Desde a chegada destes dispositivos que foram lançadas diversos títulos experimentais, alguns deles muito curiosos, no entanto, a tecnologia ainda tem limitações. Para além do preço de entrada, que torna a realidade virtual menos apelativa para as massas, existe a questão do cansaço, possibilidade de desconforto, e no geral, a falta de system seller.

A tecnologia não morreu, longe disso. Ainda vemos novos títulos para a realidade virtual a serem anunciados regularmente, mas notou-se que a aposta diminui ao longo do ano. É compreensível. A tecnologia ainda está a dar os primeiros passos, e embora seja infinitamente superior à experiência da Nintendo com o Virtual Boy, os videojogos de formato tradicional continuem a ser a escolha de eleição das massas.

Ver no Youtube

Dito isto, qualquer fã de videojogos deve, no mínimo, experimentar a realidade virtual. Os jogos de condução funcionam muito bem e dão uma imersão muito maior. Depois temos exemplos como Farpoint, que é um jogo com algumas ideias interessantes, mas para além do visor, requer ainda o Controlador de Mira VR para que tenhas a derradeira experiência. Parece-nos que os produtores de videojogos ainda estão a perceber o que funciona e não funciona na realidade Virtual. Como tal, apesar da tecnologia ter descolado no anterior, ainda não está pronta para atingir a altitude de cruzeiro.

Mass Effect: Andromeda não cumpre expectativas

Mass Effect: Andromeda era um dos jogos que mais queríamos jogar este ano. Está longe de ser um mau jogo, tal como podem conferir na nossa análise, mas ficou áquem das expectativas. O problema inicial com as expressões faciais não abonou a seu favor, um indicativo que o gatilho de lançamento foi apertado demasiado cedo. Mesmo excluindo a questão das expressões faciais, que tantos memes geraram pela Internet fora, foi um jogo que repetia os mesmos temas dos anteriores, e que apesar de expandir a exploração e jogabilidade, pecava pela natureza repetitiva.

É sempre lamentável quando uma série destas, que tanto impacto teve na geração anterior, perde a sua magia. Parece que depois de Andromeda a série vai fazer uma longa pausa. Inicialmente esta decisão parecia não ter sentido, mas depois na E3 foi revelado Anthem, que será a próxima grande aposta da Bioware e Electronic Arts (fica a ideia que Andromeda era um projecto secundário para o estúdio). Não queremos que a série Mass Effect caia no esquecimento, até porque o universo criado pela Bioware está cheio de potencial e de histórias para conhecer, mas há que reconhecer que Andromeda foi um recomeço com o pé esquerdo.

A estreia da série na actual geração podia ter corrido melhor.