As mecânicas dos free2play estão-se a entranhar nos jogos a preço completo
Analista fala das micro-transacções.
Depois de Forza MotorSport 7, Middle-earth: Shadow of War e Destiny 2, a controvérsia em torno das micro-transacções subiu de tom com a Electronic Arts e o seu Star Wars Battlefront 2, que pela força da popularidade desta galáxia, está a sofrer mais que todos os outros juntos.
Não só pela popularidade, mas especialmente pela implementação dessa filosofia de procurar formas de gerar receitas recorrentes. A Electronic Arts criou o que pode ser referido como "pay to win" a 70€ e isso está enfurecer a comunidade.
Muitos jogadores defendem que é inadmissível pagar 70€ para jogar um jogo como Star Wars Battlefront 2, onde não podem jogar com personagens icónicas como Darth Vader ou Luke Skywalker sem antes investir um grande número de horas ou prescindir de mais euros.
A BBC perguntou ao analista Ed Barton da Ovum sobre o porquê destas medidas estarem a tornar-se cada vez mais habituais nos videojogos pagos e Barton diz que é algo as editoras já tentaram antes, na sua procura por receitas adicionais.
"As mecânicas free-to-play estão-se a entranhar cada vez mais nos jogos vendidos a preço completo, diz Barton. "Estas são organizações comerciais, claro que vão procurar formas de tirar partido das suas propriedades intelectuais. As editoras já fizeram isto antes."
"Olha para o que a Blizzard está a fazer com as caixas de loot em Overwatch - tem sido um negócio de sucesso para eles. Mas o que eles colocam naquelas caixas de loot são itens cosméticos. Não afectam o gameplay. Também podes ganhar todos os itens jogando."
Barton não tem dúvidas, comprar um jogo de Star Wars e não poder jogar com os personagens icónicos não é o tipo de experiência que as pessoas querem, sendo basicamente essa a razão da controvérsia. As pessoas não querem a experiência que lhes está a ser apresentada.