As nossas desilusões de 2011
Sim, esperávamos mais destes jogos.
Jorge Soares
Se tiverem tempo para compararem a minha antevisão com a análise de Alice: Madness Returns, irão certamente verificar uma enorme diferença na forma que encarei o jogo. Alice: Madness Returns é para mim a maior desilusão pois esperava muito do jogo, principalmente por ter a esperança de ser um jogo sólido e coeso a todos os níveis.
Apesar de ter uma arte fantástica, com pormenores deliciosos a nível de game design (o bule cuspidor de chá quente é brutal), o jogo falha em manter essa arte por todo o jogo. Se nos primeiros níveis tudo é bonito, com uma jogabilidade primorosa e armas a condizer, conforme vamos avançado no jogo deparámo-nos com níveis inacabados, temáticas repetidas e nível de dificuldade manhoso e até poderei dizer preguiçoso. American McGee teve a oportunidade de redefinir um género, num ambiente extremamente rico que é o de Alice. A minha maior tristeza é saber que tinha tudo para funcionar, mas simplesmente não atingiu esse objetivo.
Bruno Galvão
Para muitos este nada mais foi do que um lançamento banal sem quaisquer pontos de interesse. Na verdade também o foi para mim mas a realidade era bem diferente antes de o jogar. Uma espécie de amostra do modo secundário presente em jogos principais da série fraca em conteúdos e fraca em qualidade. A presença da demonstração de Revelations não lhe confere valor adicional e no final do dia o jogador ficou com um produto demasiadamente caro para o que tinha em retorno.
A ausência de quaisquer vislumbres de uma história, poucos personagens, jogabilidade repetitiva e poucos níveis fizeram com que Mercenaries 3DS não pudessem ser um título digno do nome Resident Evil e para um fã da série tal consegue ser bem aborrecido. Era uma das experiências que acreditava poder ajudar a 3DS a manter algum fôlego no período pós lançamento mas tal não se concretizou.
Aníbal Gonçalves
The Lord of the Rings: War in the North
A maior desilusão do ano já é mais de difícil escolher. Em primeiro lugar importa referir que para haver desilusão, é preciso que exista alguma expectativa para o jogo em causa. Digo isto porque me aparecem imensos maus jogos, mas que não chegam a ser uma desilusão por assim dizer, são apenas maus. De uma forma geral, os títulos pelos quais tinha alguma expectativa em 2011 vieram acompanhados de um bom padrão de qualidade, sim alguns deles poderiam ser melhores, mas nenhum entra concretamente no campo da desilusão.
Mas como tenho que escolher um, LoTR: War in the North foi talvez o que me surpreendeu mais pela negativa. Tal como escrevi na análise, tinha uma razoável expectativa desde que entrevistei Michael de Plater em Junho, e a versão final do jogo conseguiu defraudar essa expectativa em quase todos os campos. Em termos mais globais, a grande desilusão do ano a nível pessoal foi mesmo o adiamento de Diablo 3, esteve quase raios.