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Assassin's Creed 3 - Antevisão

Com melhor aspeto do que nunca.

A Ubisoft preparou uma demonstração de gameplay para a E3 em Los Angeles, que permite ter já uma ideia bastante concreta do que será o valor final do terceiro título da série Assassin's Creed. Logo à partida, este "terceiro" título da série parece ser uma resposta inequívoca, às preces daqueles que desejavam algo diferente para a franquia da Ubisoft, começando logo pelo cenário.

Passado em plena Revolução Americana, um período importantíssimo na história não apenas daquele continente, mas do mundo em geral, e que mudou a forma como as pessoas percecionam o governo. Controlámos como sabem um novo protagonista de nome Connor, um meio Britânico, meio nativo americano, e que em termos de caracterização me pareceu uma escolha interessante, por figurar muito provavelmente o mais próximo possível de um verdadeiro Norte-americano, representando as origens nativas índias daquele continente, influenciadas pelas forças estrangeiras que invadiram a América do Norte.

Assente num renovado motor de jogo, este terceiro título teve em produção durante cerca de três anos, e isso também é uma resposta para os que acusavam a Ubisoft de "espremer a laranja" com a série. No campo visual é notoriamente o título de Assassin's Creed com melhor aspeto até ao momento, e também com muito cuidado no detalhe, um exemplo disso é Connor a caminhar de forma mais esforçada, cambaleando na neve, com os pés a enterrarem à medida que avança na direção desejada.

Os cenários oferecerão mais variedade do que nunca, com variações climatéricas dinâmicas, e até diferentes estações que obviamente trarão um conjunto estético completamente diferente. Claro que não estavam todos na apresentação, a demonstração à imprensa apenas oferecia três diferentes, mas pudemos ver neve, gelo, montanhas rochosas, planícies iluminadas pelo sol de verão, e o queixo quase me caiu quando vimos Connor a comandar um navio em pleno alto mar numa batalha com canhões, e depois efetuando a típica abordagem ao barco inimigo.

De igual forma, para combater a fadiga da figura de um assassino de capuz a saltar entre telhados, o jogo disponibiliza novas animações, tanto no campo da navegação, como do próprio combate. A primeira é mais evidente, e ajustada aos novos cenários mais amplos, como campos de batalha em terreno aberto, zonas rochosas e florestas com imensas árvores por onde Connor trepa de formas que nunca vimos na série.

As animações de combate por sua vez aproveitam como sempre a introdução de uma nova arma, o que já é praxe na série. Com Revelations foi o gancho tipo espada, em Assassin's Creed 3 é um machado, provavelmente de origem índia, e que Connors utiliza ostensivamente. Outra animação de combate que chamou a minha atenção foi quando Connor utiliza a própria espingarda de um soldado Britânico contra ele, retirando-a da sua mão e enfiando aquela ponta em forma de lâmina, típica destas armas antigas, nas entranhas do soldado inimigo.

Outro momento memorável que vimos durante a apresentação foi quando Connor utiliza uma corda no topo de uma árvore para puxar um inimigo até ao topo de um ramo, e depois enforcá-lo utilizando o seu próprio peso para esse efeito. Segundo nos disseram trata-se de uma arma tipicamente Chinesa. Os assassinatos em stealth também estão obviamente presentes, e de forma mais variada que nunca. Vi pelo menos quatro tipos de assassinatos novos durante as três áreas apresentadas na demonstração, duas delas com a ajuda de um civil para atrair e/ou distrair o soldado para perto de nós.

Os montes de feno clássicos, para onde nos atiramos para não atrair atenções também marcam presença, mas desta vez de forma curiosa, presos a uma espécie de carruagem em movimento. Existe também uma nova forma, mais rápida, de atingir o topo dos telhados, cortando uma corda com o machado criando um feito estilo elevador.

E por falar em telhados, se a primeira zona demonstrada se passa no seio de uma zona selvagem repleta de árvores e rochedos por onde Connor trepa, a segunda representa uma zona urbana mais similar aos jogos anteriores da série, mais concretamente a cidade de Boston. Uma das diferenças mais notórias é a presença de janelas em que podemos entrar atravessando assim os edificios, muito conveniente para atalhar quando queremos fugir de guardas ou apenas navegar pela cidade.

Uma das questões mais pertinentes que surge do facto de na nova cinemática combatermos as forças Inglesas invasoras tem a ver com quem exatamente é o inimigo em Assassin's Creed 3. Ora, o inimigo principal da série sempre foram os templários, e assim continuará no caso deste terceiro título, no entanto, isto não será tão simplista desta vez. A própria natureza também assume o papel de inimigo em Assassin's Creed 3, lobos selvagens e ursos gigantes dão uma vida própria aos ambientes, e não se mostrarão contentes com a presença de um elemento estranho, principalmente se estiverem famintos.

Foram poucas as missões que pude ver, mas pareceram-me orientadas para dar sentido à história principal, uma das presentes na demonstração requer que nos aventuremos pela terra selvagem para caçar, e assim conseguir alimento para as pessoas no acampamento. Muito melhor do que a missão quase insultuosa num dos títulos anteriores da série, onde tinham a "lata" de pedir a Ezio Auditore para carregar uns caixotes de um ponto A para um ponto B.

Fiquei legitimamente impressionado com o que vi de Assassin's Creed 3, parece-me que a Ubisoft se prepara para oferecer um jogo com imensa variedade, e não apenas em termos de gameplay, mas também variedade estética, de escolha, e de abordagem ao próprio jogo. Só não vimos gameplay das batalhas navais, a última parte que mostraram dizia respeito a esses confrontos, mas sem qualquer tipo de segmento jogável, nem sequer explicação sobre o seu funcionamento, ficamos ansiosamente à espera.

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