Assassin's Creed: Brotherhood
Uma vingança nunca vem só.
Para desafiar ainda mais os mais dedicados, a Ubisoft decidiu implementar objectivos secundários mas que só quando cumpridos nos permitem uma sincronização a 100%. Desde não ser detectado a eliminar o alvo de certa forma, são variados os desafios adicionais que nos são colocados e tudo ganha mais intensidade e dinamismo quando somos colocados, de boa forma, debaixo de pressão. As missões vão-se sucedendo e o jogador começa a ganhar um gosto especial quando repara que o nível de qualidade se vai mantendo ao longo de toda a progressão.
Para isto contamos com a existência de melhorias nas tradicionais mecânicas do parkour mas mais do que isso, é no sistema de combate que notamos melhorias. Os tempos do esquema repetitivo e mecanizado vão longe e agora temos a possibilidade de usar várias armas, de as roubar aos inimigos e até uma pistola, cortesia de Leonardo da Vinci. Mas isto são tudo coisas que vimos no anterior, as verdadeiras novidades são a maior fluidez dos movimentos, a possibilidade de aplicar um pontapé para quebrar a guarda do adversário e ainda as novas e mais brutais execuções finais com que Ezio termina os seus combos. É um festim visual que nos leva a ter gosto no sistema de combate de uma ponta à outra. Neste novo dinamismo envolto em maior velocidade, o jogador é ainda desafiado a aprender a lidar de diferentes formas para diferentes inimigos e cada um tem a sua abordagem específica. Mais uma boa forma de desafiar o jogador e evitar esquemas aborrecidos.
Gosto e visual são palavras que se voltam a conjugar e Brotherhood parece mesmo apresentar melhorias visuais sobre o já espantoso segundo jogo. A uma cidade incrivelmente detalhada, temos personagens de grande qualidade com pormenores deliciosos. Certamente que quem viu as cidades do anterior não vai conhecer algo que o vá maravilhar mas é bom ver que uma qualidade visual de bom nível se tornou padrão e não foi descurada. Pela primeira vez temos o jogo totalmente em Português no seu texto, permitindo que os actores originais brilhem com uma qualidade ao nível de outras indústrias. É um trabalho sem mácula que a Ubisoft consegue oferecer e do melhor que se vai ouvindo na actualidade.
Terminado o modo para um jogador, temos agora a possibilidade de enveredar pela nova componente para vários jogadores que se estreia na série e que promete marcar presença no futuro da série. Enquanto os modos cooperativos ainda permanecem afastados da série, é o competitivo que reina soberano na hora de levarem as suas habilidades para serem testadas contra o mundo. Ao longo de quatro modos de jogo diferentes, vamos ter a oportunidade de melhorar o nosso personagem e criar um assassino completo e eficaz. Aqui a experiência de jogo assenta nos moldes do jogo tradicional estando as grandes variações relacionadas com os demais modos de jogo.
Em "Procurado" e "Procurado Avançado" o jogador recebe um alvo específico e ao invés de ser um contra todos, é necessário derrotar o alvo assinalado para triunfar, estando a diferença entre dos dois modos nas restrições ao radar. Já em "Aliança" três equipas de dois jogadores tem que procurar e assassinar uma outra equipa em específico, criando uma espécie de jogo do rato e do gato enquanto caça e ao mesmo tempo foge. Por último temos o modo de "Caça ao Homem" no qual duas equipas de quatro são colocadas em jogo enquanto uma foge da outra. São diferentes modos que usam a temática das lutas entre assassinos e templários para colocarem o jogador a lutar contra amigos e desta forma levar a série para os jogos para vários jogadores. Uma necessidade que cada vez mais preocupa os jogadores e que a longo prazo pode ditar o interesse no jogo. É precisamente o seu propósito em Brotherhood, oferecer a jogabilidade Assassin's Creed em modos contra vários jogadores que se tornam mais divertidos quanto mais novas habilidades desbloqueamos e mais aprendemos a empregar melhor as técnicas. É o testar da nossa destreza face ao mundo.
Assassin's Creed: Brotherhood pode não conter alguns elementos base da já conhecida experiência da nova série coqueluche da Ubisoft mas colocado na balança, é muito mais o que ganha do que perde. É um jogo altamente competente que tem como maior mérito conseguir ser digno de envergar o nome da série e de estar à altura dos títulos numerados, algo que os anteriores não conseguiram completamente. A história envolvente é interessante até ao fim se bem que mais curta do que o tradicional. A Ubisoft assegurou que existe muito para fazer para lá da história principal e também aqui a quantidade de conteúdos e segredos pode surpreender os mais desprevenidos. A isto adicionamos a obrigatoriedade da era moderna que se parece ter tornado os modos para vários jogadores e temos um produto altamente competente.
De forma alguma Brotherhood veio para revolucionar a indústria mas sem dúvidas que veio revolucionar a série. Se o II já o tinha insinuado, agora fica confirmado, está mais seguro de si, cresceu e colmata as poucas lacunas que lhe restavam, se bem que por natureza abriu outras. De carácter forte e cada vez mais destemido, quando for contada a história de como Assassin's Creed cresceu e evoluiu, certamente o nome de Brotherhood vai figurar aí.
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