Assassin's Creed II
O assassino volta mais impiedoso que nunca.
Na primeira vez que entramos na Animus 2.0, a história salta para o ano 1476 em Florença, com Enzio já um jovem adulto e a discutir em plena rua com Vieri De’Pazzi e seus homens. Com a aparição de Frederico Auditore, o seu irmão mais velho, a luta fica mais intensa. Essa luta de rua vai indicar alguns movimentos de combate, inicialmente temos apenas ataques com os punhos. Ezio fica ferido durante esta luta, aqui entra uma das novidades na série, os médicos que estão localizados em vários pontos da cidade para tratar os nossos ferimentos. O tratamento é apenas conseguido mediante um pagamento, temos também a possibilidade de adquirir medicamentos que são muito úteis, pois podem ser utilizados durante os nossos combates, evitando que o jogador morra demasiadas vezes e tenha que recomeçar a missão.
Como forma de apresentar a bela cidade de Florença e demonstrar as capacidades atléticas de Ezio, o seu irmão Frederico propõe uma corrida pelas paredes e telhados da cidade, logo após a primeira visita a um médico. Para além de aventureiro e corajoso, Ezio é também muito mulherengo, podemos observar isso em uma visita à sua bela “amiga” Cristina Vespucci. Como não havia telemóveis, a única solução durante a noite era atirar uma pedra para a janela de forma a chamar atenção, com isso Ezio sobe pela parede e entra no quarto desta bela donzela.
Nesta cena mais apimentada, tal como aconteceu anteriormente, o jogador terá de carregar nos botões que vão aparecendo de forma sequencial. Temos que tomar decisões bem complicadas, carregamos no botão para beijar a linda Cristina, de seguida o botão para retirar a sua roupa, e finalmente, já no conforto da caminha, pressiona-se o botão para apagar a vela. Este tipo de combinações de teclas, ao bom estilo de God of War, irá aparecer algumas vezes ao longo do jogo e em situações completamente diferentes.
O que faltava no primeiro jogo da série era uma maior diversidade de missões, nesse aspecto Assassin's Creed II é muito mais fértil, existem muitas e variadíssimas missões, tanto obrigatórias como opcionais. A primeira missão do jogo é uma das obrigatórias, temos que entregar uma carta, a pedido do seu pai Giovanni Auditore, a um suposto amigo, Lorenzo de Medici. Também temos missões de espionagem e camuflagem, perseguições e alvos a abater, proteger e evacuar pessoas, fuga em carroças, captura de tesouros fortemente protegidos, roubar barcos e muito mais.
As missões opcionais também são diversificadas, como por exemplo as que nos são entregues por pombas que estão nas gaiolas, atacar um sujeito a pedido de uma pessoa que encontramos na rua, uma mulher que nos implora em dar uma lição no seu marido infiel, perseguir ladrões, e até corridas com personagens que nos desafiam. Com o vasto número de missões nada será como antes, tornando o jogo mais aliciante e divertido.
Nem sempre tudo corre sempre bem no seio de uma família, e Ezio sofre um revés. Seu pai, um suposto banqueiro conhecido (secretamente era um assassino), acaba por ser preso. O mesmo aconteceu com os seus irmãos Frederico e Petruccio, todos acusados de conspiração. Acabam por ser executados cruelmente sem que Ezio pudesse fazer algo para os salvar. Ezio cuida primeiro do que resta da sua família - a sua mãe e irmã, depois vai em busca dos culpados. Este acontecimento veio tornar o enredo ainda mais rico, para além de descobrir “a verdade”, temos também que nos vingar das famílias e dos corruptos que causaram a morte dos familiares de Ezio.
A vida de Ezio muda radicalmente, habituado a uma vida descontraída, vê-se agora obrigado a vestir a farda de assassino usada pelo seu pai e começar a sua grande vingança. Mas claro que não se pode lutar sem armas, e é então que conhecemos Leonardo da Vinci. Sim é verdade, ele será fulcral para reparar e fazer melhoramentos nas nossas armas. Inventor nato que é, Da Vinci cria umas asas na forma de um pássaro para que Ezio plane sobre a cidade e derrube inimigos nos telhados e pontes.