Assassin's Creed III - Análise ao trailer
O que nos diz o trailer de apresentação.
Finalmente a Ubisoft tornou oficial Assassin's Creed III com o seu primeiro trailer e segundo a própria afirma, o espetacular vídeo é feito com recurso ao motor de jogo, algo completamente fascinante. Assassin's Creed é uma série de enorme profundidade e com histórias e mundos paralelos ao central que vemos nos videojogos. AC dá ainda a sua própria visão de alguns dos maiores acontecimentos da história que moldaram a humanidade (neste terceiro já temos a Ubisoft a brincar com a travessia do rio Dellaware por George Washington num dos quadros mais famosos sobre a altura aqui retratada). Mas voltando ao trailer, podemos dizer que cada novo jogo é alvo de grande estudo e atenção pela sua comunidade devota e muito se pensa e discute antes do lançamento.
Então, para iniciar o debate ou o estudo em redor da nova aventura que vai decorrer na Revolução Americana no Século XVIII, na qual temos Ratohnhaké:ton como protagonista, que mais tarde vai adotar o nome de Connor, vamos olhar para o trailer de apresentação e ver que tipo de informações nos dá sobre o que esperar do jogo final e que tipo de direção a equipa de desenvolvimento está a adotar para o novo Assassin's Creed.
O trailer começa com uma vista panorâmica do Mohawk Valley e aqui o que temos a retirar é que este é mesmo um local real, nos arredores do estado de Nova Iorque. Na altura em que o jogo decorre, podemos ver que os eventos aqui mostrados decorrem em 1777 (o jogo vai começar em 1753 e terminar em 1783) este era um ponto estratégico de alta importância em termos políticos, militares e económicos, daí se tornar compreensível o confronto em larga escala que vemos decorrer no trailer. Este era também um local habitado por nativos Americanos o que nos leva também a ponderar se não será este o local de nascença de Connor pois ele pertence à tribo Mohawk.
Outro elemento de grande importância nestes primeiros segundos do trailer é a águia que vemos a voar pelo vale. Este elemento em si está carregado de simbolismo pois a águia está associada aos Assassinos da série mas também é um dos maiores símbolos da nação Norte Americana, assim como uma espécie sagrada para as tribos indígenas.
Quando a águia desaparece e a cena passa para uma bandeira Inglesa caída no meio da neve, vemos um chapéu a voar com o vento e nele podemos ver uma falha não normal, pelo menos na realidade mas já bem tradicional no Animus. Isto indica-nos claramente que, como se já não soubesse-mos, tudo isto está a decorrer na máquina que nos permite conhecer as experiências vividas por antepassados dos Assassinos.
Por breves instantes vemos uma cena noturna na qual Connor permanece de pé no meio de uma floresta enquanto neva e lanternas surgem à distância. Connor saca imediatamente do seu machado Tomahawk e aqui temos algo consistente em praticamente tudo o que tem sido revelado sobre o jogo, esta arma está a ser alvo de grande destaque e vai provavelmente ter grande peso e simbolismo no jogo.
Quando Connor investe sobre a patrulha de soldados Ingleses vemos o protagonista a desferir golpes que recorrem a animações novas e que conferem grande realidade e dinamismo a toda a ação. Pelo meio vamos vendo cenas diurnas que nos mostram o resultado do confronto e temos outro elemento curioso, os lobos que chegam e começam a alimentar-se dos cadáveres. Isto pode ser um indicador que a vida animal vai ter um papel importante nas mecânicas de gameplay, tal como sugerido em algumas imagens reveladas.
De volta ao confronto noturno, Connor desfere golpes violentos cujas animações surpreendem pelo seu realismo e pela novidade em si dentro da série, transparecem um enquadramento de maior brutalidade. Por um lado temos uma pequena sugestão que vamos ter execuções diversas e violentas enquanto por outro ficamos intrigados pela ausência da Hidden Blade pois Connor combina com graciosidade uma pequena adaga e o machado mas não usa a emblemática arma da série. Será que a Ubisoft está a brincar com os fãs e com a sua curiosidade?
Connor continua o seu ataque e voa para executar um soldado Inglês montado num cavalo. Toda esta cena parece servir para mostrar algo mais que uma cena cheia de estilo, parece querer mostrar um tom mais violento, mais sombrio, que estará ligado à personalidade do personagem. Afinal de contas Connor tem um passado violento e a vingança é um dos seus grandes motivadores, algo que o seu sorriso sádico demonstra quando retira o machado da vítima.
De volta aos campos brancos banhados pelos raios de sol matinais e temos o primeiro olhar sobre as mecânicas de plataforma tão aclamadas na série. Pensar que vamos ter ambientes mais vastos e selvagens cria um grande contraste com as paisagens citadinas da série, repletas de casas pelas quais saltamos e corremos. Aqui, Connor corre e salta pelas árvores com a mesma graciosidade que Altair e Ezio faziam pelas casas. Num dos primeiros instantes desta cena vemos mesmo uma das mecânicas mais conhecidas a ser mostrada, quando Connor se agarra a um ramo e este mostra mobilidade para que contorne uma árvore.
É um dos pontos mais curiosos e que mais entusiasmo vai suscitando, pensar em como as mecânicas de plataformas e parkour estão a ser adaptadas para ambientes selvagens nos quais vamos trepar árvores, correr por ramos e atacar dos pontos altos que oferecem.
Quando termina a sua corrida a câmara foca de frente e em grande plano Connor e aqui somos novamente confrontados com uma das perguntas mais frequentes na atualidade. Tem Connor a tradicional cicatriz no lábio que tanto caracteriza esta linhagem à qual Desmond pertence? Pode ser meramente a Ubisoft a "brincar" com os fervorosos fãs mas Connor não parece ter essa cicatriz o que nos deixa a pensar se é tudo um jogo da Ubisoft e que a vai ter mas mais tarde, ao contrário dos anteriores protagonistas, ou se não é Desmond que está no Animus e temos possivelmente um novo personagem envolvido.
Quando a câmara passa para as suas costas temos uma perspetiva panorâmica sobre o vale e vemos um confronto de larga escala prestes a manchar de vermelho a planície branca repleta de fardas azuis. Agora vemos que o discurso que George Washington ia fazendo enquanto Connor corria se dirigia às suas tropas que estavam prestes a entrar em confronto com os Ingleses.
"É agora chegada a hora que vai determinar se os Americanos vão ser homens livres ou escravos! O nosso cruel e impiedoso inimigo deixa-nos apenas a escolha de brava resistência ou desprezível submissão. Decidimos então conquistar, ou morrer!", diz Washington.
Por fim o início do confronto fecha o trailer e temos a confirmação de 31 de Outubro como data de lançamento para este Assassin's Creed 3 e ainda uma nota que refere uma incógnita quanto a uma possível versão PC, apesar de já ter sido apresentada a capa oficial desse formato, e a completa ausência de informação relacionada com a versão Wii U, já confirmada pela Ubisoft. Pelo meio também podemos ver a menção do Kinect o que nos deixa a ponderar se de alguma forma vai ser implementado no jogo.