Até agora, Destiny 2 Forsaken é surpreendentemente refrescante
As nossas impressões depois de acabar a nova campanha.
Destiny 2 Forsaken é definitivamente a última oportunidade para a Bungie se redimir. Com a reputação da série já danificada consideravelmente ao longo dos anos, chegamos a um momento em que o estúdio já não se pode dar ao luxo de errar. A nova expansão, Forsaken, que ficou disponível ontem, é o pináculo de uma estrada que a Bungie começou a percorrer há meses, um caminho para a redenção perante os fãs que tanta frustração têm aguentado.
Tudo começou com Destiny 2, que deveria ter sido um exemplo de como dar meia volta e levar uma franquia ao sucesso depois de um primeiro jogo marcado por altos e baixos. No primeiro mês tudo pareceu correr bem, até que o estúdio voltou aos seus métodos antigos, ignorando o feedback dos fãs e permanecendo em silêncio durante meses. Foi o período mais negro na história de Destiny.
Em meados de Fevereiro, a Bungie finalmente reagiu, prometendo estar mais em contacto com a comunidade e traçando um mapa de conteúdos e melhorias que foram lançados nos meses seguintes. Graças a isso, o estado de Destiny 2 melhorou e a base de jogadores activos voltou a aumentar, mas a expansão Forsaken é o derradeiro teste para a Bungie.
Sempre fui um ávido fã de Destiny desde o seu lançamento em Setembro de 2014, mas nos últimos meses, o meu interesse e horas jogadas caíram a pique, um sinal de exaustão do jogo, da atitude da Bungie e de problemas que não consigo deixar de ignorar. Era por isso que não estava radiante de entusiasmo para Destiny 2: Forsaken.
A sequência de ficar entusiasmado e depois cair na realidade da desilusão é, infelizmente, familiar para os fãs de Destiny. Apesar de todas as melhorias e a atitude positiva que a Bungie tem vindo a mostrar ultimamente, entrei em Forsaken céptico, psicologicamente preparado para mais uma desilusão. Contudo, do que joguei até agora, posso adiantar que esse meu receio não se chegou a concretizar.
Tal como é hábito em novas expansões de Destiny, às 18h00 de Portugal estava preparado, com mais dois amigos (a maneira correcta de jogar Destiny), para entrar nos servidores e começar a desbravar os conteúdos da expansão. O que encontrei nas horas seguintes foi uma agradável surpresa e, pela primeira vez em meses, senti que me estava a divertir genuinamente em Destiny 2 e a fazer coisas que nunca tinha feito antes.
Estas impressões têm por base as missões da campanha, que podem ser terminadas em cerca de 5 horas. Confesso que a campanha foi ligeiramente mais curta do que estava à espera, mas as missões estão entre as mais refrescantes da série. A Bungie finalmente atirou pela janela a sua velha fórmula aborrecida e preocupou-se em criar momentos divertidos que elevam os padrões da série.
"Pela primeira vez em meses, senti que me estava a divertir genuinamente em Destiny 2"
A história começa com a morte de Cayde-6, possivelmente a personagem da série mais adorada pelos fãs. O momento teria muito mais impacto se não tivesse sido arruinado pela própria Bungie, que promoveu agressivamente a morte da personagem desde a revelação da personagem, uma decisão que considero questionável. Ainda assim, assistir às sequências cinemáticas desde momento desperta uma ligeira tristeza e sensação de perda.
A parte realmente divertida vem quando chega a altura de caçar cada um dos Barons, os líderes dos Scorn que escaparam da Prison of Elders com a ajuda de Uldren Sov (o irmão de Mara Sov) e que contribuíram para a morte de Cayde-6. O que é interessante aqui é que a Bungie integrou muito bem as aventuras na história. As aventuras eram até agora pequenas missões sem grande interesse, mas em Forsaken estão espectaculares.
É nas aventuras que vamos caçar seus Barons e a cada um é completamente diferente do outro, não apenas em mecânicas mas também no aspecto e na personalidade. A caracterização de cada Baron torna-os marcantes e inesquecíveis. Um deles, apresentado com o Trickster, fez-me lembrar o Joker, rindo-se nas falas e escondendo armadilhas em caixas de munição espalhadas pelo nível. Outro, chamado The Rider, obriga-nos a andar atrás dele em sparrows, criando um momento ao estilo de Mad Max, com uma perseguição e muitos tiros pelo meio.
Em cada confronto com os Barons a Bungie conseguiu criar momentos diferentes de tudo o resto que encontramos antes em Destiny. Já estava farto de missões que se resumiam a "limpar" inimigos e no final a disparar para um boss genérico, sem personalidade. Destiny 2 Forsaken alivia essa sensação de repetição que, pessoalmente, tinha vindo a sentir nas últimas expansões. É por isso que digo, do que joguei até agora, a expansão é surpreendentemente refrescante.
"Do que joguei até agora, a expansão é surpreendentemente refrescante"
Quando se fala num jogo como Destiny, acabar a campanha é apenas uma paragem num caminho para descobrir os conteúdos adiante, e é isso que farei nos próximos dias na expansão Forsaken. Posso ter acabado a campanha, mas ainda tenho coisas para descobrir. Ainda não visitei a Dreaming City, o novo modo Gambit, as novas strikes, nem terminei algumas quests que já me apareceram. Tudo isto culminará com a Raid, que ficará disponível daqui a pouco mais de uma semana, e promete ser o momento mais desafiante e memorável da expansão Forsaken.
A nossa análise a Destiny 2 Forsaken será publicada quando tivermos explorado a expansão mais afundo. Até lá, estas são as nossas impressões iniciais com base naquilo que jogámos nas primeiras horas.