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Já jogámos Avatar: Frontiers of Pandora. É uma boa transposição do cinema para o videojogo?

Aventura em mundo aberto.

Crédito da imagem: Ubisoft

Recentemente, tivemos a oportunidade de jogar duas horas de Avatar: Frontiers of Pandora, o novo trabalho da Ubisoft Massive, produtora sueca conhecida mundialmente pelos jogos The Division, que pessoalmente gostei muito de jogar pela sua mistura de Action RPG com jogo de ação e tiros na terceira pessoa.

Desenvolvido com o motor Snowdrop, que já conhecemos como é capaz de apresentar momentos gráficos luxuosos, Avatar: Frontiers of Pandora representa a vontade da Massive e Ubisoft apresentarem um jogo numa licença incrivelmente popular, sem necessariamente surgir amarrado a um filme específico, capaz de conquistar quem nem conhece os filmes, mas especialmente rico para quem adora o universo de James Cameron.

Estamos perante um jogo da Ubisoft em mundo aberto, algo que já conhecemos bem à descrição e que nos remete de imediato para diversos parâmetros no gameplay, design e ciclo que dita o ritmo da experiência. Confesso que fiquei intrigado com Avatar: Frontiers of Pandora pois parece usar ideias vistas em Far Cry, The Division e Assassin's Creed, combinado com mecânicas pensadas para destacar as especificidades deste mundo e personagens.

Dito isto, vamos apresentar de uma forma resumida os principais pontos que intrigaram e os que ficaram como alertas a ter em conta na hora de testar a versão final. Após isto, tentarei falar com maior detalhe de cada um destes pontos.

Pontos positivos que capturaram a atenção para a versão final:

  • Qualidade visual
  • Aventura em mundo aberto sem forçar atividades opcionais
  • Missões de história interessantes
  • A missão para ganhar a opção de voar foi simples, mas com grande imersão
  • É divertido voar e é fácil chamar a ave e partir para os céus
  • Missão de infiltração que foca a abordagem cooperativa
  • Gunplay deixou boas indicações
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A qualidade visual alcançada pelo Snowdrop merece fortes elogios. É um jogo de ação e aventura em mundo aberto, com uma personagem de movimento ágil, onde se torna surpreendente ver cenários onde não existe praticamente espaço vazio. Na maioria dos jogos em mundo aberto, a parte superior do ecrã está "vazia", ocupada pelo céu. Em Avatar, Pandora está repleta de detalhes que ocupam o ecrã de forma impressionante e raramente vista neste tipo de jogos em mundo aberto.

Um dos exemplos disso são as enormes pedras flutuantes, que introduzem verticalidade no gameplay e permitem tornar mais interessante o uso da ave para movimentar pelo cenário. Podes pousar em qualquer uma destas pedras flutuantes e olhar o mundo lá de cima. A transição do chão para o ar também é rápida e tendo em conta a forte vegetação em todo o lado, é difícil não ficar impressionado.

Além da qualidade gráfica, um dos elementos que despertou a curiosidade deixou boas indicações para a versão final é o design. Não tivemos qualquer obstáculo para seguir as missões de história e não tivemos de fazer seja o que for antes de progredir. Jogamos três missões de história e foi possível contornar as diversas atividades opcionais e seguir a narrativa.

A missão na qual a personagem conquista o direito a voar foi um bom momento de aventura, a escalar pedras flutuantes, para revelar outra faceta de Avatar. Não vais andar sempre aos tiros, vais conhecer o outro lado de um nativo de Pandora. No que diz respeito à ação, seja no ar ou em terra, terás de ter em conta o armamento pesado dos humanos.

Se a missão de escala destacou a sensação de aventura em Pandora, a missão de infiltração foi um teste aos controlos, interface e gunplay. Aqui, as sensações são mistas. O gunplay parece competente que chegue para divertir e permitir uma experiência divertida, a missão de entrar num posto dos humanos para o sabotar também, com a interface a cumprir com o mínimo desejado.

Tentei enfrentar a missão sem a preparar, mas morri facilmente perante o armamento pesado dos mechs e helicópteros. Após algumas tentativas, optei pela abordagem furtiva e passo a passo consegui encontrar um percurso que me permitiu cumprir todos os objetivos. Foi inesperadamente divertido descobrir esta faceta furtiva de Avatar. Abates furtivos, usar a visão especial para verificar posicionamento dos adversários e seguir com cautela foi mais divertido do que podia imaginar.

Para quem não estava minimamente interessado em Avatar, estas duas missões da campanha principal (a primeira foi apanhar mel e serviu para conhecer os controlos e interface), fiquei curioso com o potencial deste jogo, mas existem alguns pontos que me deixaram a pensar que precisam de ajustes ou melhorias.

Pontos a ter em cautela para a versão final:

  • Controlo da Ikran exige algum hábito, especialmente nos momentos de combate
  • Esta pequena amostra não permitiu ter um real conhecimento sobre o ciclo gameplay em mundo aberto
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Pelo outro lado, esta experiência deixou-me a pensar que ainda há muito que não sei sobre este Avatar da Ubisoft. A luta das tribos Na'vi contra a RDA leva-nos para locais desconhecidos em Pandora. Isto permite à Ubisoft soltar-se um pouco das amarras de uma adaptação direta, o que poderá resultar em momentos diferentes, contextualizados com o que vimos nos filmes. O jogo parece mesmo uma simbiose de diferentes ideias da Ubisoft com o universo Avatar para criar algo familiar, mas ainda assim com a sua personalidade.

Desta sessão com o jogo, na qual não conseguimos experimentar o multiplayer para 2 jogadores, ficam apenas algumas questões sobre os controlos da Ikran, especialmente nos momentos de combate, onde poderão surgir maiores dificuldades em tentar controlar a criatura para alcançar a altitude desejada e combater de forma eficaz os helicópteros da RDA. Além disso, o verdadeiro teste a um jogo em mundo aberto, o ciclo gameplay, não foi possível numa amostra tão curta.

Existem outros pontos que poderia referir como a ter em conta nesta fase pré-lançamento e pós-contacto com o jogo, no entanto, quando jogas uma fatia de gameplay a meio da experiência, é complicado cair a meio sem saber se nesta fase a jogar normalmente já estarás habituado aos controlos e interface.

Avatar: Frontiers of Pandora deixou-me empolgado com o que a Massive Entertainment está a preparar. Confesso que é um jogo que me ia passar completamente ao lado e no qual nem sequer estava interessado, mas estas duas horas a jogar deram-me a conhecer uma pequena amostra de um jogo com espaço para brilhar. Ação e aventura na primeira pessoa em mundo aberto, com uma mistura de elementos já conhecidos da Ubisoft combinados com abordagens diferentes poderá alcançar o equilíbrio necessário para recriar Pandora como merece.

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