Bangai-O Spirits

Com toda estas “peças” à disposição, os “puzzles” , além de complexos, possuem também várias soluções, uma das razões para a experimentação ser tão recompensadora e divertida.

É um processo de aprendizagem, um pouco como aceitar que devemos colocar-nos no meio do maior número de projecteis inimigos possível para maximizar a potência dos disparos especiais.

A suportar o (brilhante) cerne do jogo não está, como acontecia em Bangai-Oh, uma história ou os ocasionais diálogos. Esta existe – e continua cómica – mas está reduzida aos dezassete mapas do tutorial. Para compensar, várias funções aumentam o apelo do jogo e elevam a sua longevidade ao infinito.

Ao completar cada nível é possível gravar um vídeo da nossa performance, que pode depois ser revisto ou trocado com outra pessoa que também tenha o jogo. Um modo cooperativo está também presente, mas a verdadeira estrela é o editor de níveis.

Trata-se realmente duma situação em que o único limite é a imaginação do jogador, pois todos os elementos do jogo são passíveis de modificação. Desde a música ao tamanho da etapa, passando por todos os inimigos, objectos ou edifícios que desejem utilizar. Tudo através duma interface simples.

O editor toma uma especial importância devido ao sistema de partilha de níveis, que coloca a ligação Wi- Fi completamente de parte. Cada nível criado será transformado num som. Tão simples quanto isso. Uma das Nintendo DS transmite esse som – perfeitamente audível – e a outra recebe-o através do microfone, descodificando assim a etapa. O que este método tem de genial é que, obviamente, é extremamente simples transferir este som para o PC (com o cabo apropriado) e disponibilizá-lo na Internet, existindo já centenas de níveis feitos pelos fãs à disposição.