Batman: Arkham City - Análise
O auge do cavaleiro das trevas.
Se quiserem saber tudo sobre Batman: Arkham City, saltem para o nosso artigo Batman: Arkham City - Guia completo, truques, dicas.
Batman: Arkham Asylum representou um marco para os videojogos. Foi o primeiro jogo a provar que os videojogos baseados em super-heróis de banda desenhada podem atingir o patamar da excelência. Afinal, não é por acaso que pela Internet, vemos agora pedidos para que a Rocksteadypegue em outros super-heróis.
A prova desse patamar da excelência, é que não era apenas um jogo para fãs da personagem ou de banda desenhada, qualquer um podia jogar e ficar maravilhado. Não era necessário ter um conhecimento profundo do universo Batman, e ainda assim, os fãs ficaram deliciados. A fidelidade com que a Rocksteady retratou as personagens (Batman e vilões) não só a nível visual, como no comportamento e maneira de falar, o combate simples e espetacular, o enredo bem estruturado e a forma como as engenhocas do Batman podiam ser usadas para resolver os desafios e explorar a ilha de Arkham, tudo isto em conjunto, fez com que Arkham Asylum se tornasse imediatamente memorável.
Em Batman: Arkham City, a Rocksteady voltou a elevar a fasquia e a exceder os limites daquilo que se acreditava ser possível. Uma das primeiras preocupações foi criar algo ainda maior, não só para que uma evolução acentuada fosse possível, como para oferecer aos jogadores mais liberdade. Assim surgiu Arkham City, um local com a mesma função que Arkham Asylum, que é aprisionar todos os criminosos, psicopatas e malucos de Gotham City, mas muito maior.
Praticamente todos vilões populares do universo Batman podem ser encontrados neste local. Em Arkham City vamos encontrar novas caras como Hugo Strange, Two-Face, Penguin, Deadshot, Mr. Freeze, Mad Hatter, Solomon Grundy, e personagens que participaram em Arkham Asylum como Joker, Harley Quinn, Victor Zsasz, Poison Ivy e Bane.
A Rocksteady soube bem lidar com todas estas "estrelas" incluídas no jogo, e todas elas têm direito ao seu tempo de antena, umas mais que outras é claro. O que ajudou neste aspeto, é o jogo ser agora um mundo aberto e estar estruturado como tal. Existem missões que dão continuidade à estória principal, e missões secundárias, que embora não estejam ligadas diretamente à estória principal, são uma parte importante de Arkham City.
Apesar de estarmos agora diante de um mundo aberto, o enredo e a estória não são de menor qualidade ou receberam menos atenção do que em Arkham Asylum, pelo contrário, são até melhores. Desde o começo até ao fim que estória agarra-nos e surpreende, e só mesmo no final do jogo é que desvendamos tudo. E por aqui me fico, a estória é uma autentica caixa de surpresas que devem ser presenciadas na primeira mão.
Para além desta estória fenomenal, sentimo-nos na pele do Homem-morcego. A Rocksteady criou algo tão fiel e tão detalhado que o nível de imersão é enorme. De certa forma, Batman: Arkham City é um pouco como Assassin's Creed. O Batman consegue correr e saltar pelos edifícios, subir a torres enormes e desfrutar da paisagem. A deslocação é bastante fácil, sendo o gancho o acessório mais útil. Independentemente do local onde estiverem, podem simplesmente carregar R1 e subir a um telhado num ápice. A capa, que permite planar, é também igualmente importante na deslocação. Jogando com o subir e descer, é possível planar durante centenas de metros.
O combate continua fabuloso. Não é muito diferente de Batman: Arkham City, isto em termos de sensação e controlos. Todavia, a Rocksteady melhorou-o adicionando novas animações e novos inimigos para derrotar. As animações são do melhor que já se viu nos videojogos, e os movimentos/ataques do Batman (e Catwoman, da qual falarei mais adiante) são de uma autenticidade incrível.