Beyond: Two Souls - Antevisão
O próximo exclusivo de peso da PlayStation 3.
Beyond usa o motor de jogo de Heavy Rain, mas completamente melhorado. É um jogo onde a ação preenche mais o jogo, mas não é a sua parte mais importante. Podemos contar com captura total das animações dos atores. Graficamente é perfeitamente notório o salto em relação a Heavy Rain. Se em Heavy Rain as faces estavam fantásticas e com imensos pormenores, em Beyond tudo é elevado a um patamar de excelência. Os locais apresentados ainda eram muito fechados e nunca em espaços abertos, com liberdade. Jodie foge de um comboio em andamento para uma floresta, e mesmo aí existe um determinado caminho a percorrer, pautado pelas famosas QTEs, para saltar, desviar das árvores e lutar com os polícias e cães.
Novamente, tal como em Heavy Rain, as QTEs serão uma constante. David Cage fez questão de salientar que Jodie não irá lutar de forma livre, mas de forma contextual. É uma opção de game design que se compreende, pois uma luta livre retira o efeito que o estúdio pretende para o jogo, nomeadamente os ângulos de câmara e planos fixos. Mas, por outro lado, quando olhamos para Last of Us, achamos que existem caminhos diferentes a percorrer. Mas os QTEs são assumidos e novamente dedicados a conferirem um grau de stress e esforço às cenas.
A demo é toda de noite, debaixo de chuva. Quando Jodie consegue libertar-se dos cães, sobe um muro e parte pela estrada de moto. Aqui a condução passa a ser feita com o Sixaxis (só mesmo a Quantic Dream para se lembrar ainda dele), mas o efeito não é convincente e nota-se uma ausência de precisão na condução e é algo brusco nas curvas.
O Aiden consegue controlar outras pessoas, obrigando-as a fazerem coisas, tais como disparar contra os seus colegas, acelerar o carro conduzindo-o contra uma loja ou simplesmente deixar-se cair. Isto ficou evidente quando Jodie foi barrada na estrada enquanto andava de moto, isto já dentro de uma pequena cidade. Aiden consegue possuir outras pessoas que têm uma aura mais vermelha. Quando controlamos Aiden conseguimos ver a aura dos NPCs, e escolher aquele que podemos controlar. Esta aura demonstra de certa forma a personalidade da pessoa em causa e poderá ser um aspeto importante no futuro no jogo.
Neste confronto com as forças especiais, Beyond parece um típico jogo de ação. Muita ação. Chegam carros blindados, snipers, agentes extremamente armados e ainda helicópteros. Parece que estão numa autêntica guerra. Podemos assim possuir pessoas e destruir coisas e vemos soldados a matar outros, atirar granadas, a acelerar o carro e ir contra outros e montras. No fundo criamos um enorme caos.
Nesta demo Jodie consegue fugir e acabar com a ameaça. Mas poderia não ser assim. Tal como em Heavy Rain, em Beyond o jogo nunca termina por fazermos algo de errado (se é que lhe posso chamar assim). Podemos por exemplo ser presos nesta última cena. David Cage comenta que existem ações que terão uma enorme importância na história como um todo. Não existe gameover no jogo. Jodie parece não poder morrer, pois Cage comenta que a "ideia de morte é algo que está ligado ao jogo e ao outro lado".
"Então o David escreveu um guião para Aiden que nunca iremos compreender e saber?" David Cage respondeu, 'Literalmente'
Beyond: Two Souls é um projeto ambicioso, onde o estúdio Quantic Dream pretende diferenciar-se dos títulos atuais de ação. O jogo permite momentos de ação, mas o sentimento, emoção e relações entre as personagens é o que conduzirá o jogador. Para finalizar, aqueles que jogaram Heavy Rain sabem que existem cenas onde apresenta nudez das personagens e relacionamentos amorosos. Para aqueles que esperam ver Ellen Page nua, deixem essa ideia de parte.