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BioShock 2

Novo vilão, mesma Rapture.

O jogo mantém aquele grafismo bem colorido, com uma representação interessante de Rapture. Não vislumbrei um salto significativo no grafismo, até o achei algo pobre em determinados momentos. Existem muitas texturas com fraca qualidade, disfarçadas por um excelente trabalho artístico, em que a conjugação de cores com efeitos de luz, e até a boa sonoplastia, fazem o jogo “transpirar” beleza. Os inimigos variam, os Splicers mais simples estão relativamente detalhados, os mais fortes e mortíferos, como as Big Sisters e os Brute Splicers, estão com um visual mais detalhado e pormenorizado. Mas BioShock 2 impressiona a nível visual pelo seu todo e não por particularidades, facto que já acontecia no original.

Estamos perante um jogo que, como já referi, evoluiu em quantidade. A 2K Games não quis deixar de lado uma componente que parece ser demasiado importante nos dias que correm. É claro que estou a falar do modo multiplayer, modo este que na minha opinião não faz falta nenhuma. O tempo despendido deveria ter sido aproveitado para limar arestas na campanha singleplayer.

Neste modo para múltiplos jogadores, assumimos o papel de um cidadão de Raprure (temos seis personagens para escolher). Este modo decorre 1 ano antes dos acontecimentos de BioShock. Somos um Splicer patrocinado por uma empresa, temos que testar as suas armas, Tonics e Plasmids. Vamos progredindo e adquirindo experiência nos combates online, passamos a ter acesso a novas armas, Tonics e Plasmids. As arenas são diversificadas, muitas inspiradas no modo singleplayer.

A conjugação de elementos esconde alguma fraca qualidade a nível das texturas.

Temos 5 modos disponíveis, Survival of the Fittest (todos contra todos “Deadmatch”), Civil War (jogo em equipa “Team Deathmatch”), Last Splicer Standing (ganha o jogador que sobreviver até ao fim), Capture the Siste (duas equipas ao estilo “Capture the Flag”), ADAM Grab (recolher ADAM de uma Little Sister), Team ADAM Grab (recolher ADAM de uma Little Sister em equipa) e Turf War (duas equipas que capturam pontos estratégicos para vencer). Como seria de esperar, existem muitas recompensas inseridas no modo multijogador, há conquistas a desbloquear e objectivos a cumprir para recebermos bónus e recompensas.

Era de esperar que este modo fosse uma mais-valia, pois temos muitas armas, muitos poderes e muitas criaturas. Mas a riqueza presente no jogo não foi totalmente bem transportada para este modo. Admito que inicialmente até é divertido, mas existem opções mais interessantes no mercado, com um modo multijogador mais sólido e equilibrado. Passado o entusiasmo inicial, este modo passa um pouco ao esquecimento.

Sinceramente, estava à espera de mais, de algo que fizesse jus ao original, e que de certa forma prestasse tributo ao mesmo. BioShock 2 é uma abordagem algo paralela, que transporta o jogador por uma Rapture algo desprovida do encanto original. Não existe o mesmo ambiente desconhecido, é tudo muito previsível, demasiado previsível. Tenho mesmo pena que tenham seguido este caminho, e como já disse, espero por um BioShock 3 mais ousado, que surpreenda o jogador e o faça sentir as mesmas emoções de 2007. Mas esta conclusão tem mais sentido para quem jogou e terminou BioShock, se não for o vosso caso, este segundo título será muito mais recompensador.

8 / 10

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