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Bioshock

De volta à cidade fantasma

Bioshock é um dos títulos de excelência da Xbox 360, e quando finalmente foi confirmado que estava a ser produzida uma versão para a consola de nova geração da Sony, muitos foram aqueles que deram pulos de alegria. E não é para menos. Bioshock é um dos títulos mais absorventes que nos passaram pelas mãos nos últimos anos.

Para quem conhece ou já jogou a versão 360, sabe certamente que este não é um título para jogadores com coração fraco. Bioshock passa-se em Rapture, uma cidade submersa algures no atlântico, que outrora tinha acolhido alguns dos melhores cientistas do mundo. Este local longe da civilização dita normal, tinha como objectivo dar a oportunidade aos cientistas de desenvolverem as suas experiências com total liberdade, pondo de lado a censura. Como em qualquer bom livro de ficção científica, as coisas não correm muito bem para os lados da cidade criada por Andrew Ryan. A pesquisa incessante no ramo da ciência deu frutos. As ADAM, que são pequenas células geradas por organismos do fundo do mar, têm a habilidade de fazer mutações nos humanos, tornando-os fisicamente e mentalmente mais desenvolvidos.

Até aqui tudo bem, não fosse o abuso excessivo desta substância, que acabou por originar uma enorme dependência entre os habitantes, instalando-se então um clima de guerra, onde tudo o que importa é conseguir mais uma dose de ADAM.

Jack, a nossa personagem, teve a “sorte” de sofrer um acidente de avião, e consequentemente a oportunidade de descobrir as maravilhas macabras deste mundo. Ao fim de uma breve introdução, é altura de nos afastarmos da zona do acidente. Por incrível que pareça, Jack é o único sobrevivente, e tudo o que tem de fazer agora é lutar pela sua vida.

Big Daddy e Little Sister; duas das personagens mais bem conseguidas no mundo dos videojogos

A forma como entramos neste mundo submerso é bastante interessante. Enquanto somos iluminados pelas chamas dos destroços, conseguimos vislumbrar uma torre, semelhante a um farol. O instinto diz-nos que devemos aproximar-nos dela, e ao fim de entrarmos numa espécie de elevador, somos apresentados a Rapture.

Os detalhes visuais são impressionantes, não só em termos de qualidade gráfica, mas também devido ao mundo único que Bioshock apresenta. É como juntar a arte característica da primeira metade do século XX e um filme ficção científica dos anos 80. As luzes, embora em contacto com a água, ainda funcionam, os edifícios que deveriam ter fendas por tudo o que é sítio encontram-se em perfeitas condições, e até existem portas automáticas. Tudo isto pode parecer um pouco exagerado, mas funciona muito bem no ecrã, até porque enquanto jogamos vamos estar preocupados com outras coisas.