Bizarre sobre os últimos dias com a Microsoft
As pressões e a falta de atenção a PGR4.
A Bizarre Creations, famosa pelo seu trabalho na série Project Gotham Racing, trabalhou durante muitos anos para a Microsoft mas agora trabalha para a Activision e Martyn Chudley explica porquê.
Numa entrevista à Edge, o director criativo da Bizzare falou sobre as últimas semanas de trabalho com a Microsoft e sobre o tratamento que receberam enquanto Project Gotham Racing 4 ainda estava a ser desenvolvido.
Chudley revela que "não vou maldizer da Microsoft numa forma maléfica, mas obviamente trabalhamos em PGR4 para eles, e penso que PGR4 foi o jogo Gotham mais forte que fizemos - o mais completo. Mas perto do final desse projecto eles queriam que o fosse entregue mais cedo, queriam cortar seis semanas ao desenvolvimento. Mas a forma como trabalhamos é mesmo em cima da linha, por isso basicamente o jogo não estava nem perto de completado com seis semanas de antecedência, por isso tivemos que nos manter firmes e dizer que o nosso contracto dizia que deveríamos entregar o jogo neste dia, e era o que íamos fazer porque não podemos comprometer o trabalho que o pessoal tinha vindo a fazer, e a qualidade do jogo."
O homem da Bizarre continua dizendo que "eles não tinham noção de como má a situação teria sido - precisávamos das seis semanas extra, e deixou-nos preocupados com o futuro com a Microsoft......Estávamos a perder a ilusão com a Microsoft e eles estavam a tornar-se em corporativos e arrogantes também por causa da mudança do poder entre eles e a Sony."
Sarah Chudley, também da equipa, diz mesmo que o alvo das atenções da Microsoft sempre foi a equipa Forza e Martin diz que isso era à custa da Bizarre.
Martin continua dizendo que "eles lançaram o bundle Forza e isso foi desanimador porque o pessoal trabalhou tanto em PGR4. Apenas não teve a exposição e promoção - teve a aclamação da crítica, mas não foi tão bem sucedido comercialmente quanto outros projectos."
Sobre a ida para a Activision, Martin revela que foi algo que foi acontecendo pois a Activision queria um jogo de corridas e não tinha e eventualmente, ao invés de trabalharem para eles em projectos, a aquisição tornou-se uma possibilidade. Face a uma conta bancária a encolher, a Bizarre achou por bem entrar para a Activision e levar todos os seus projectos, sendo o jogo de corridas a atenção principal.