Bloodborne - Antevisão
Já vimos gameplay e é fantástico.
Se há série que conseguiu vincar na geração passada e que num curto espaço de tempo passou de desconhecido a adorado foi Demon's/Dark Souls. A reputação da From Software subiu exponencialmente e agora já é uma produtora conhecida mundialmente, ao ponto que a Sony reservou para a E3 um dos seus grandes trunfos para a PlayStation 4. Estou a falar de Bloodborne, jogo que começou a circular como rumor na Internet no passado mês de maio com o nome de código Project Beast.
Ambos os Dark Souls são jogos multiplataforma, mas foi-nos dito que Bloodborne é um verdadeiro exclusivo PlayStation, no sentido que futuramente será impossível vê-lo em consolas rivais ou no PC. Este detalhe já era apoiado pelo facto da SCE Japan estar a cooperar na produção, mas agora temos a confirmação.
Na E3 2014 tivemos acesso a uma apresentação muito restrita de uma demo gameplay, que mostra mais do jogo para além daquele trailer da conferência da Sony. O primeiro vislumbre é soberbo. Não é apenas o nível de detalhe que o mundo apresenta, é a atmosfera negra e pessada que nos faz lembrar a Transilvania da fantasia, repleta de criaturas sobrenaturais e assustadoras mas que ao mesmo tempo são fascinantes.
Para já conhecemos apenas uma das áreas de Bloodborne, que é uma cidade com um aspecto gótico. Perguntamos se haverá mais zonas para explorar, mas infelizmente a resposta foi guardada para mais tarde. No entanto, é provável que sim, visto que se trata de um jogo em mundo aberto não-linear onde a qualquer momento escolhemos qual o caminho que queremos seguir, não parecendo haver qualquer tipo de restrição.
Na apresentação também ficou esclarecido que a From Software não pensa em Bloodborne como uma sequela espiritual de Dark Souls. Embora muitos elementos sejam semelhantes, a produtora gosta de pensar neste exclusivo da PlayStation 4 como um jogo novo mas que mantém o seu estilo característico. Por exemplo, a movimentação e mesmo o combate lembram imenso o que já vimos em Dark Souls, e há inclusive almas (Souls) a pairar sobre os mortos. Será que podemos contar com um sistema de Souls? Esta é outra das questões que ficou por resonder, mas parece que sim.
Seguindo o estilo dos jogos Souls, Bloodborne será difícil e preparem-se para serem punidos quando morrerem, contudo, a dificuldade não será tão agressiva, pelo menos esta foi a indicação que recebemos. Qual será a punição por morrer? Em Dark Souls as Souls ficavam em risco de ser perdidas e o progresso era perdido até à última Bondfire. Em Bloodborne ainda não sabemos se o sistema de morte funcionará de forma semelhante.
Apesar do privilégico de assistir a gameplay, na realidade sabe-se muito pouco de Bloodborne. Muitas das questões colocadas tinham resposta (disseram-nos os dois funcionários da Sony encarregues da apresentação), mas simplesmente não podiam ser respondidas agora, mantendo um nível de secretismo que só desperta ainda mais a nossa curiosidade. Do pouco que vi, Bloodborne passou imediatamente para um dos meus jogos favoritos da feira de Los Angeles, o potencial e promessa são imensos.
A data de lançamento é 2015, mas Bloodborne claramente precisa de ser optmizado. Apesar de ser um colosso a nível gráfico, com luz dinâmica e inimigos macabros tão "vivos" que vão atormentar os pesadelos dos mais medrosos, a framerate está instável. As quedas são constantes, umas mais acentuadas que outras, mas ficou claro que não está pronto para ser lançado. Quanto ao tempo de produção, um dos funcionários da Sony disse, inseguramente, que Bloodborne está em desenvolvimento há cerca de três anos.
"O potencial e promessa são imensos".
Na demo vimos que a personagem segura sempre duas armas. Inicialmente uma espécie de ceifa extensivel e uma arma de fogo (parecia uma caçadeira), mas depois trocou uma delas por uma tocha, mais um elemento que regressa de Dark Souls, e que pode ser usada nos ambientes escuros. Foi confirmado que haverá mais combinações de armas, que provavelmente vão influenciar parcialmente o combate, que relativamente a Dark Souls está mais fluído e mais violento, com os inimigos a jorrar sangue com o corte da ceifa.
O momento alto da demo foi no final, ao surgir um confronto com um boss ou mini-boss macabro, esquisito e bem maior do que nós. Aqui também se fez notar pela primeira vez a banda sonora épica que o jogo terá, com coros à mistura para realçar o confronto monumental que estamos a presenciar.
Há uma variedade de razões para ficar entusiasmado com Bloodborne. Até aqueles que torceram o nariz perante Dark Souls (eu incluído), não conseguem ficar indiferentes perante o que a From Software está a criar, mais um jogo de fantasia negra que tem vontade de satisfazer quem procura RPGs de escala gigante, combate apurado em tempo real e um verdadeiro desafio