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Bodycount

Missão falhada.

Bodycount foi buscar inspiração a Bulletstorm, mais propriamente às suas skillshots. Se assim não foi, é antes uma tremenda coincidência. No jogo da Codemasters temos um sistema semelhante, mas não tão espetacular. Enquanto que em Bulletstorm temos armas criativas, skillshots divertidas e somos recompensados por explorar esse elemento do jogo, em Bodycount tudo é genérico. As skillshots consistem basicamente em headshots e matar vários inimigos com granadas, não há muita variedade. Para além do mais, não há qualquer incentivo para fazermos skillshots.

A acompanhar as skillshots está um sistema de combos que contabiliza as mortes com skillshots que fazemos de seguida. Mais uma vez, não há qualquer incentivo para se preocuparem com isto, além de uma classificação de A a F no final da missão.

Não somos nenhum super-soldado, mas temos que lidar com carradas de inimigos ao mesmo tempo, e para isso temos quatro habilidades especiais para ajudar. As habilidades vão sendo desbloqueadas e melhoradas com o passar das missões e cada está atribuída a uma direção do D-pad. A primeira é uma injeção de adrenalina que nos permite sobreviver mais um pouco sobre fogo inimigo. A segunda são balas que causam mais danos e a terceira deixa-nos chamar um ataque aéreo. A última habilidade salienta a azul todos os inimigos nas redondezas.

Gameplay.

Na jogabilidade é igual a qualquer outro do género, com a exceção de uma coisa, não é possível apontar (leia-se fazer zoom) e disparar ao mesmo tempo (Ed. Se for pressionado levemente o LT, versão Xbox 360, podemos ter as duas funcionalidades ativadas ao mesmo tempo). Quando estamos a fazer zoom e tentamos andar ao mesmo tempo, Jackson limita-se a inclinar-se para os lados. É esquisito e torna-se irritante quando estamos de baixo de fogo e queremos matar um inimigo que está longe.

Um dos poucos pontos positivos de Bodycount é a destruição, que ajuda a compensar pelo seu mau aspeto visual. Quase tudo pode ser destruído, o que pode funcionar a nosso favor ou não. Se um inimigo se decidir esconder, basta disparar contra o sítio a ser usado para esse efeito e desfazê-lo. Nada está a salvo. E para aumentar o efeito destrutivo, é frequente encontrarmos substancias explosivas espalhadas pelos mapas.

Depois de terminarem a campanha, que não é muito longa, há o multijogador. Aqui existem três modos: Deathmatch, Team Deathmatch e cooperativo. Nenhum deles é novidade. Os dois primeiros estão presentes em quase todos os jogos com multijogador. Quanto ao cooperativo, funciona como o modo Horde de Gears of War. No fundo, é um modo multijogador igual a todos os outros, não houve qualquer esforço para fazer algo diferente.

Não sei se o jogo que joguei representa a visão que Stuart Black tinha. Acredito que não. Acho que Bodycount sofreu com a saída de membros importantes e acabou por descarrilar por completo. Mesmo assim, Bodycount não é mau de todo. A ideia de uma rede mundial de combate ao terrorismo até têm potencial, mas foi muito mal explorada, assim como o resto do jogo. Se procuram um FPS divertido e repleto de ação, há opções bem melhores a ter em conta.

5 / 10

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