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Bodycount

Não há lugares seguros.

O cenário é agreste mas aqui há aspectos que a equipa de produção trabalhou para manter o jogador sob constante pressão e com possibilidade de aumentar o contador. Desde logo os inimigos tendem a surgir de qualquer lado e há-os sempre em número suficiente para que o jogador aumente a pontuação. A IA está particularmente bem trabalhada. Os adversários reagem aos nossos ataques, escondem-se e aproveitam o fogo dos seus camaradas para enviar granadas que deflagram ao primeiro contacto, dificultando as manobras do invasor.

A primeira missão decorreu na cidade de Tesanga, no oeste africano e no meio de uma zona urbana avultam edifícios de madeira e chapa, o cenário ideal para testar a força destruidora das armas de fogo, capaz destruir pontos de abrigo e até abrir novos percursos. Não existe um percurso pré-definido, antes alternativas para se aproximar do alvo. O objectivo da missão passa por erradicar as tropas milícias que espalham o terror e no final até haverá lugar para um combate contra uma espécie de "boss" da categoria "Tank", o que nos deixa antever as várias classes que o jogador poderá ter à disposição e os inimigos graduados dentro de um ranking.

A segunda missão tem novamente lugar no continente africano, mas agora numas instalações militares futuristas onde supostamente as forças adversárias fabricam armas e desenvolvem a sua acção. Neste caso a composição futurista dos portais leva a que o jogador tenha de abrir caminho através de vitrais. A vertente sonora, algo tekno, concilia-se bem com o ritmo frenético dos combates.

Por fim, já no continente asiático, na vila pescatória de Xuchung, decorrerá mais um confronto com um gang local denominado Red Circle. A missão será concluída assim que se infiltrarem no bunker. Refira-se que estas missões respeitam ao modo Bodycount, na sua vertente competitiva, pelo que os motivos narrativos de cada missão não são suficientes para melhor perceber o argumento que fará parte da campanha.

De qualquer modo, neste modo de jogo o objectivo é liquidar os adversários com estilo, fazendo "skill shots" – como "headshots" - e se possível uma série deles encadeados, aumentando a pontuação. Estas pontuações fazem aumentar o número de Intel, uma moeda de troca que serve para obter novos "upgrades" e aumentar o poder da personagem.

Durante o combate a personagem terá à disposição um botão denominado de "OSB" que permite usar algumas funções inovadoras. O radar permite perceber como estão distribuídas as tropas adversárias pelo cenário. A adrenalina colocará a personagem invencível durante um curto período de tempo. É uma opção particularmente útil para uma emboscada ou então para uma situação de perda de vida eminente. O "airstrike" nem sempre pode ser activado, mas uma vez solicitada a ajuda através de um raide aéreo é impressionante ver a devastação imediata provocada pelo mesmo. Por fim a possibilidade de se usar balas explosivas permite atacar os adversários com mais segurança, eliminando-os com mais estilo o que é óptimo para o aumento da pontuação.

Ainda falta muito para saber sobre Bodycount, mas para já nota-se que este é um jogo que pretende diferenciar-se da oferta mais comum apostando numa componente de maior acção e modificação dos cenários no decurso dos combates. A acção decorre a bom ritmo e em termos gráficos, muito embora não estejamos perto de um estado de arte, cumpre razoavelmente e dá bons sinais de desenvoltura. Pese embora os contratempos que afectaram o desenvolvimento do jogo, Bodycount é um jogo a manter no radar e só com a versão final perceberemos se os produtores alcançaram aquilo a que se propuseram.

Bodycount chega à PlayStation 3, Xbox 360 e PC no dia 2 de setembro

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