Buzz!: The Ultimate Music Quiz

Sempre gostei de Buzz, mas sempre achei um pouco escusadas estas versões dedicadas a um tema específico, já que acabam por ser também as perguntas demasiado específicas. De certa forma, sinto que a versão generalista já tem uma boa quantidade de perguntas de música (ou de qualquer outro tema), e a opção de filtragem ou até mesmo a possibilidade de comprar novos pacotes de perguntas tornam estas versões pouco viáveis. Não é bem o típico jogo de família, mas mais algo virado para um público que sabe aquilo que quer. Bem, mas quem sou eu. Este também está longe de ser o primeiro Buzz do género, uma vez que já anteriormente tinham surgido versões dedicadas à música. Como tal o factor novidade não se aplica aqui.

Assim sendo, e partindo do principio que dedicar esta análise à crucialidade das perguntas seria algo desnecessários e altamente secante, vou antes rever alguns aspectos da série que foram revistos desde o último Buzz. Nomeadamente a adição do controlo de movimentos move é também algo interessante dentro dos parâmetros da série, já que algo que seria, à partida, desnecessário, acaba por mostrar algum potencial. De sublinhar que o move não é obrigatório para jogar Buzz. Aliás, a sua aparição neste jogo mais parece uma demonstração técnica, ou um teste às potencialidades do controlador e à reacção dos fãs perante tal acessório. Resume-se a uma colecção de 4 mini-jogos nos quais poderão utilizar o move para jogar Buzz através de actividades como rebentar balões ou acertar com um martelo na resposta certa.

É engraçado jogar Buzz nesta perspectiva, já que os controladores do jogo sempre foram bastante intuitivos, e mesmo assim o move é utilizado de uma forma que realmente traz algo de novo nesse sentido. No entanto, pelo que pude testar, os jogadores são obrigados a jogar por turnos, fazendo com que se perca todo o frenesim característico. Não há ansiedade por responder mais depressa que o vizinho. Sem impressionar, e destaco já que não vale de forma alguma a pena comprar o jogo se o que visam é utilizar o move, fica ainda assim uma boa impressão e, quiçá, uma ideia a reter para o futuro.

Referente à parte gráfica, o jogo faz uso da câmara para tirar fotografias ao grupo de jogadores ou ainda para colocar a cara de cada participante no concurso. Existem as típicas personagens já bastante familiares ao mundo Buzz, mas agora podem ainda alterar as suas caras, recorrendo a molduras faciais que te permitem ter o cabelo de vampiro ou dentes de um demónio. Tem a sua piada, e até a cara do próprio Buzz pode ser alterada. O único problema é que estas "caras de papel", como são chamadas, perdem em personalidade. Contudo existe a possibilidade de desligar esta opção no menu e jogar de forma clássica. Também existem novas provas em concurso, envolvendo a distorção de músicas ou a memória visual em videoclips para acertar em ínfimos pormenores. Outras provas envolvem piscinas com mucos verdes ou o já lendário ladrão de pontos, e por aí fora.

Um novo modo de jogo é o Quiz Fogo Rápido que permite escolher entre maratonas de 20, 40, 60, 80 ou 100 perguntas em acção non-stop. É conhecimento puro e duro. Só respondes às perguntas que quiseres, perdes pontos se errares, mas quanto mais depressa carregares mais pontos ganhas. Como já é costume, podem ainda contar com os típicos modos de jogo Online e a comunidade MyBuzz que permite jogar Quiz criados por outros jogadores, desta feita ainda mais intuitivo, já que é mais fácil saltar com um grupo de jogadores para uma série de Quiz da comunidade como se fosse um jogo normal.