Cadeia de lojas remove GTA 5 das prateleiras por violência contra as mulheres
Devido a uma petição que reuniu mais de 40 mil assinaturas.
Por força de uma petição que reuniu em apenas alguns dias mais de 40 mil assinaturas, a cadeia Target da Austrália, que conta com mais de 300 lojas espalhadas pelo país, anunciou que decidiu parar de vender cópias de Grand Theft Auto 5.
A petição foi iniciada por três mulheres que no passado trabalharam na área da prostituição e apontam o dedo à Rockstar por ter criado um jogo que "encoraja os jogadores a assassinar mulheres por entretenimento".
"O incentivo é cometer violência sexual contra as mulheres, depois abusar delas e matá-las para receber pontos de saúde," descreve a petição contra o jogo.
"Vivemos em primeira mão este tipo de violência sexual. Assombra-nos, e estamos a tentar reconstruir as nossas vidas desde então. Saber que as mulheres estão a ser retratadas como merecendo ser sexualmente abusadas pelos homens e potencialmente mortas por desporto e prazer, ver esta violência que vivemos a ser transformada numa forma de entretenimento é doentio e causa-nos grande dor e dano", escreveu o trio de mulheres.
A cadeia de lojas respondeu à petição com um comunicado enviado hoje, onde diz que esteve em contacto com vários consumidores e houve uma preocupação significativa quanto aos conteúdos do jogo, o que resultou na decisão de parar a venda de Grand Theft Auto 5.
A Target acrescenta que também houve pessoas a apoiar a venda do jogo, mas ultimamente, a cadeia de lojas acredita que a decisão tomada está de acordo com a visão da maioria dos seus consumidores.
Entretanto, já surgiu uma petição a pedir liberdade criativa para os produtores de videojogos, mas ainda só conta com 198 assinaturas neste momento.
Os jogos Grand Theft Auto sempre foram controversos e não é a primeira vez que surgem acusações deste género contra a Rockstar. Não podemos negar que há violência envolvida, mas em nenhum ponto do jogo os jogadores são instruídos a matar por mulheres por diversão ou a recorrer a serviços sexuais. É possível fazê-lo, mas é uma decisão que cabe ao jogador.