Call of Duty: Advanced Warfare - Havoc DLC - Análise
O primeiro DLC traz zombies e novos mapas para o multijogador
Havoc é o primeiro DLC para Call of Duty: Advanced Warfare. Para quem joga na Xbox o DLC está disponível desde o final de janeiro, enquanto para os restantes - PC e consolas PlayStation - foi preciso esperar até ao final de fevereiro para ter acesso aos novos conteúdos. Quais são esses conteúdos? Quatro novos mapas, o modo Exo Zombies e a arma AE4 Widowmaker.
Esta é a primeira vez que um Call of Duty que não foi produzido pela Treyarch recebe um modo de zombies. O modo, que teve a sua estreia em World At War e devido à sua popularidade foi incluído em ambos os Black Ops, é familiar para quem já experimentou antes. O conceito é igual, o objetivo é sobreviver, juntamente com mais três amigos ou desconhecidos, a hordas progressivamente mais difíceis de mortos-vivos.
O Exo Zombies começa numa área exterior com um autocarro em chamas no centro. Cada jogador começa com uma simples pistola e 500 créditos que podem ser usados para comprar uma das armas disponíveis, apresentadas em hologramas nas paredes. Quanto mais zombies eliminarem, mais créditos vão ganhar. Os créditos não servem apenas para comprar armas. Comprar melhorias, tanto para armas como para o Exo Suit é essencial para sobreviver as hordas mais avançadas.
À medida que vamos sobrevivendo às hordas, mais áreas serão desbloqueadas. É nestas áreas que encontramos os terminais para comprar as melhorias e, mais importante, ganhamos acesso ao Exo Suit, que está situado na área mais distante do mapa (este local não foi escolhido ao acaso, como vão perceber mais adiante). Depois de ganharmos acesso ao Exo Suit, o modo zombies fica completamente diferente. A deslocação torna-se muito mais veloz e há uma maior liberdade para fugir aos zombies.
O Exo Suit também é obrigatório para comprar as cinco melhorias que se encontram espalhadas pelo mapa. As cinco melhorias disponíveis aumentam a vossa saúde, permitem recarregar a arma e reanimar os companheiros de equipa mais rápido, dão acesso à habilidade Boost Slam e deixa que disparem enquanto correm. As cinco melhorias em conjunto tornam a sobrevivência mais fácil e são indispensáveis a partir da décima horda de zombies.
O problema é quando a morte bate à morta. Quando isto acontece, é possível recuperar as armas indo ao local onde morremos. Contudo, para recuperar o Exo Suit, temos que nos deslocar novamente à sala onde o encontramos pela primeira vez. O tempo que separa as rondas é demasiado curto para chegar à sala dos Exo Suits, que é a zona mais distante do mapa. A meio do caminho já há zombies a aparecer por todos os lados, e sem a deslocação rápida dada por estes fatos futuristas, sobreviver é impossível.
Ou seja, quando morrem pela primeira vez, provavelmente também vão morrer cedo na ronda seguinte. Sem um jogador para ajudar, o resto da equipa perde parte da sua força. Quando o primeiro jogador morre, o resto da equipa não será capaz de sobreviver durante muito mais tempo. Deste modo, o modo zombies torna-se rapidamente difícil não apenas por causa dos zombies mais ágeis e resistentes mas devido ao pouco tempo que é dado aos jogadores para recuperar e comprar melhorias entre as rondas.
Apesar da introdução dos Exo Suits, que torna o modo Zombies de Advanced Warfare diferente do mesmo modo presente nos jogos da Treyarch, não há valor de repetição. O modo Exo Zombies cansa rapidamente e não tem qualquer tipo de progressão a história. A Activision contratou grandes nomes como John Malkovich e Bill Paxton para o DLC, mas estes actores apenas contribuíram com algumas falas que surgem enquanto jogámos e emprestaram a sua aparência às personagens. Com nomes tão grandes, é pena que a história se resuma a uma cinemática que serve de introdução e contexto ao modo Zombies.
À primeira vista, parecia que o maior apelo deste primeiro DLC seria mesmo o Exo Zombies, mas na realidade, dei por mim mais entretido nos novos mapas para o multijogador. O quatro mapas são um excelente adição à lista de mapas disponíveis. Sempre que há novos mapas disponíveis, há sempre aquele receio inicial de que vamos levar uma abada porque ainda não conhecemos quais as melhores estratégias e de que o modo os outros jogadores se comportam e utilizam o novo espaço. Nestes novos mapas não nego que houve este desconforto inicial, mas rapidamente fiquei a conhecê-los.
Deste quarteto de mapas, podemos dividi-los em dois grupos: Sideshow e Urban são mapas de dimensões menores em que devido à curta distância entre as bases da equipa a ação em constante; por outro lado, Core e Drift são mapas maiores em que a ação está mais dispersa e facilmente podemos morrer sem dar conta onde estava o inimigo. De destacar também o equilíbrio que existe, em que nenhuma equipa tem vantagem por começar a partida numa determinada zona.
Para aqueles que jogam religiosamente Advanced Warfare desde novembro, os quatro novos mapas são valiosos para maior variedade e para desenjoar dos mapas que vieram incluídos no disco. O modo zombies é divertido (ainda mais divertido com amigos lembrem-se) e serve para desanuviar do multijogador, mas cansa após algumas partidas e não há razões para voltar. Mas o maior problema do DLC Havoc é a desproporcionalidade entre o preço e a oferta de conteúdos. No entanto, o preço praticado pela Activision é o mesmo de DLCs com quantidades de conteúdos semelhantes para Call of Dutys anteriores.