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Call of Duty: Black Ops 2 - Antevisão

O futuro não parece prometedor.

A gigante Activision teve este ano um stand com poucos jogos, mas que são uma das maiores minas de rendimento para a companhia. O destaque estava dado a Skylanders Giants e Call of Duty: Black Ops 2, que por si só faz inveja a qualquer editora e produtora. Este último estava fechado a sete chaves, e a procura para ver o jogo em ação era tal que a Activision tinha duas salas disponíveis, cada uma com uma grande fila de jornalistas. É difícil saber quando a série Call of Duty irá estagnar, principalmente por ser um título anual. Mas certo é que Black Ops 2 rapidamente chamou atenção, mudou de palco, para um futuro não muito distantes, fornecendo um background histórico e afirmando que este futuro poderá ser bem real.

Chega a ser estranho estarmos perante um media interativo que supostamente tentar antever o futuro. Tanto é assim que o estúdio Treyarch contratou experts na matéria, pesquisou e recolheu informação sobre protótipos de armamento que estão em pesquisa e desenvolvimento. O caso mais mediático é o do protótipo Quadrotor, um mini helicóptero telecomandado à distância e com enorme poder de fogo. Se o futuro projetado e visionado pela Treyarch para 2025 (ano onde se desenrola a ação principal) é este, então deveremos ter muito medo do poder dos drones.

O estúdio comenta que os drones automáticos estarão na moda, com elevado poder de fogo, desde pelo ar bem como em veículos terrestres. A demo mostrada na E3 leva o jogador para um comboio militar, onde temos a tarefa de proteger o presidente dos EUA. O local não poderia ser mais familiar, a autoestrada que leva à baixa de Los Angeles.

Neste aspeto o cenário ainda é mais estranho. Dei por mim a olhar para os prédios a tentar ver familiaridades com a LA atual. Afinal estamos a poucos metros onde a maior parte da ação da demo decorre. Nessa manhã tinha passado exatamente no cruzamento onde o comboio militar sobre uma emboscada, na Flower com a Pico Street. Tudo muito estranho, no mínimo.

Como estamos no futuro iremos ter acesso também a material bélico avançado. Por exemplo a sniper poderá ver para além dos materiais sólidos como o cimento e ferro. Mais ainda, podemos disparara contra um inimigo que está por detrás de uma coluna de betão, Sem espinhas. é uma novidade na série mas que o estúdio constantemente tenta contextualizar. Este não é o primeiro Black Ops. Este é um jogo onde a tecnologia está avançada e que a mesma já está em produção.

Outra das novidades em Black Ops 2 é a diversidade de escolhas e que terão resultado direto no enredo do jogo. Nenhum outro jogo teve esta linha narrativa e será interessante vermos até que ponto podemos alterar os acontecimentos. Pata além de que, já famoso na série, iremos ter duas linhas temporais de ação, entre os anos 70 e 80 com o regresso de Alex Mason e o então dado como morto no primeiro jogo, Frank Woods. Em 2025 tomamos as rédeas de David Mason, numa guerra fria entre a China e EUA, na luta pelos recursos do planeta. Pelo meio ainda temos grupos armados tais como o de Raul Menendez, que no futuro já com uma enorme organização tentará colocar estas super potências em conflito.

Em termos de gameplay temos algumas mudanças, mas o jogo continua a ser extremamente fluído, revelando o compromisso do estúdio pelos 60fps. Existem muitos artefatos ainda por polir no jogo, nomeadamente diversas texturas que têm um aspeto horrivel, ou até mesmo a IA dos inimigos que pareceram mais carne para canhão do que qualquer hostilidade. Novamente devido a estarmos no futuro, os objetivos não aprecem apenas como texto no ecrã. Temos agora um tipo de holograma que aparece no canto superior esquerdo, com diversas informações, desde mapa, para onde ir e conversa com o posto de comando. Este holograma desaparece após terem sido transmitidas as informações.

O verdadeiro Protótipo Quadrotor em ação.

"Se o futuro projetado e visionado pela Treyarch para 2025 é este, então deveremos ter muito medo do poder dos drones."

A ação continua a ser aquilo que a série tem fornecido a cada ano. Imensa destruição, muita coisa a acontecer ao mesmo tempo, muito barulho em termos de explosões, disparos e pessoas a gritar (na conferência na E3 da Microsoft tive que tapar os ouvidos tal era a altura do som). Após conseguirmos proteger o presidente dos EUA temos acesso a um avião que levanta voo como um helicóptero. Passamos para os céus da baixa de Los Angeles, combatendo no ar, de forma livre, outros aviões. Apesar de não impressionar em termos gráficos, pois o draw distance do horizonte é muito perto, escondido por um nevoeiro amarelado e fumo, a jogabilidade em si estava bem conseguida, dando uma visão diferente à série. A caça a outros aviões não atinge a mestria de outros jogos da área, mas cumpre com o que é proposto.

A série Call of Duty tem adotado nos últimos jogos o uso de sistemas de passagem de cena e ação onde os protagonistas sofrem um acidente ou um acontecimento mais violento altera o pano de fundo. Nesta demo tivemos diversos destes elementos de quebra da ação. Para uma única demo julgo que até foram demasiados. Quando menos prevíamos lá acontecia algo que colocava todo o ambiente preto, com a voz das personagens alteradas em modo abrandado e toda a imagem turva.

A Treyarch irá introduzir no modo single-player as chamadas missões "Strike Force". Estas missões são mais curtas que o enredo original e levarão o jogador para diversos locais diferentes. São quase como as Spec Ops do modo multijogador, mas agora dentro do modo single-player. Estas missões oferecerão ramificações do palco de guerra e têm diversos fins. São missões num estilo sandbox, mas dentro de um espaço mais de arena.

Na apresentação foi mostrada uma das missões, em Singapura. Não somos obrigados a fazer as "Strike Forces", elas são laterais ao single-player. Podemos por exemplo até falhar a missão e entrar na missão a qualquer momento. Ficou esclarecido que as missões não irão alterar o fim do jogo, são pequenas missões que contextualizam o enredo e dão uma visão de outras zonas.

A missão em Singapura desenrola-se num porto, decorado a preceito com todos os elementos característicos. Nestas missões podemos saltar de soldado em soldado quando quisermos. Os soldados têm em cima da cabeça uma barra de sinal de batimento cardíaco verde. Neste caso tínhamos que proteger armamento blindado em face de ataque de vagas inimigas e destruir um barco que estava ancorado no porto.

O futuro não muito distante.

"As missões Strike Forces não irão alterar o fim do jogo, são pequenas missões que contextualizam o enredo e dão uma visão de outras zonas."

Podemos tomar conta de drones pequenos com enorme poder de fogo. Podemos também dar ordens ao outros soldados, de irem proteger determinado local ou armamento. Tudo isto desde uma visão de cima dos acontecimentos, como se estivéssemos num modo espetador online. Também podemos usar os já famosos Quadrotor.

Uma das componentes mais importantes da série Call of Duty é o seu modo online, mas que na apresentação na E3 não foi abordado, nem revelado qualquer tipo de novidade. De fora ficou também o modo Zombie que tem marcado os jogos da Treyarch. Era tempo apenas para o modo single-player da campanha, que terminou na demo com a explosão do avião e fomos ejectados do cockpit.

Call of Duty: Black Ops 2 é por mérito próprio da série a maior aposta da Activision para este ano, pelo menos entre todos os títulos lançados pela companhia. A companhia tem novamente um produto que arrisca muito pouco em termos de novidades em relação aos anteriores jogos. Este novo jogo, e perante aquilo que foi mostrado, é um refinar de todos os elementos que a fazem da série um sucesso. Grande ação, velocidade, fluidez e um caos a nível de explosões e momentos épicos. Agora resta-nos esperar por mais informações sobre o enredo, bem como sobre as novidades referente aos modos multijogador.

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