Call of Duty: Black Ops III alarga a frente de combate - Antevisão
Treyarch introduz uma série de melhorias num multi tratado como first party pela Sony.
A saga Call of Duty entrou numa fase especial com Modern Warfare (2007), o título que claramente deu uma pujança à série e abriu as portas para o presente, um tempo de ciclos de produção de alguns anos e de rotação entre diferentes estúdios, que de forma alternada contribuem com novos jogos que acrescentam sempre algo de novo. Depois dos trabalhos da Infinity Ward (COD: Ghosts) e Sledgehammer Games (Advanced Warfare) para os dois últimos anos, é a vez da Treyarch mostrar o seu novo trabalho, a nova entrada no segmento Black Ops.
Esta alternância dá aos estúdios o tempo necessário para desenvolver um novo "fps" com consistência e qualidade, fazendo aquilo que muito bem sabem e que cada vez mais se assemelha a uma máquina bem oleada capaz de proporcionar dos mais espantosos campos de guerra e combate virtuais. Sejam ou não fãs do género, é indiscutível o esforço da Activision em chegar a Novembro com mais uma entrada na já longa série COD. Líder de vendas e bem aceite no mercado, é um dos principais trunfos de uma editora que nesta E3 apresentou-se com uma oferta altamente diversificada, com jogos de vários géneros e lançamentos muito aguardados.
Um dos títulos mais pesados no arsenal da Activision, Black Ops III, vai ser lançado no final deste ano para a PS4, Xbox One e PC. Embora este seja um título multi plataformas, o acordo celebrado entre a Activision e a Sony para a exclusividade temporária dos primeiros conteúdos relativos aos mapas, assim como a versão beta (por ocasião do mês de Agosto), tem levado a Sony a tratar este jogo quase como um título "first party" e por essa razão é que o vimos unicamente na conferência da Sony, em Los Angeles.
É uma aproximação relevante e que parece dar algum avanço à PS4 nesta competição entre as consolas da nova geração, especialmente se considerarmos o mercado europeu e o norte-americano. Noutros anos, era usual ver-se um COD na conferência da Microsoft. Essa ausência revela uma inflexão no caminho anteriormente traçado. Na nossa agenda para esta E3 constava uma marcação para ver o jogo no stand da Activision. Numa primeira parte pudemos acompanhar um vídeo exclusivo de aproximadamente dez minutos relativamente à campanha, seguindo-se uma passagem para uma sala anexa onde, pela primeira vez, pudemos jogar o modo multi jogador.
Em Black Ops III, o jogador é enviado novamente para o futuro, um tempo marcado por um acentuado avanço da ciência e tecnologia, com a criação do DNI, uma tecnologia que se conecta directamente ao cérebro e à coluna cervical do soldado, dando-lhe completo controlo sobre a psicologia. Através desta inovadora tecnologia os soldados alcançam níveis de coordenação e troca de informação no campo de batalha a um nível sem precedentes. Os apelidados "ciber soldados" de elite são homens e mulheres treinados e preparados para um nível de combate superior, por força das suas habilidades.
"Em Black Ops III, o jogador é enviado novamente para o futuro"
Entrando a fundo na nova geração, a Treyarch oferece neste jogo áreas de combate maiores e com diferentes possibilidades de avanço, abatendo um pouco daquela linearidade típica da série. Isto não quer dizer de forma alguma um mundo aberto com múltiplas missões à disposição. Agora, o jogador pode optar por combater diferentes inimigos e seguir percursos alternativos. Além disso, os combates não serão todos iguais nem se repetirão, num claro convite a uma segunda progressão. De modo a possibilitar um combate mais estimulante e desafiante, a Treyarch desenvolveu a inteligência artificial, com um novo sistema de animações. O tempo é 2065.
A campanha cooperativa para 4 jogadores tem sido bastante elogiada, numa resposta aos pedidos insistentes dos fãs. A abertura da área de jogo por seu turno coaduna-se com este modo de jogo. Todavia, isto não exclui a necessidade de activar certos pontos. A tendência cinematográfica que sempre foi notória na série continua em grande e deverá ser ainda mais impressionante que qualquer outro jogo da série.
Outros melhoramentos implicam um novo sistema de avanço no terreno, com maior precisão, fluidez, usando saltos controlados, "power slides" e outras habilidades. Com outras funcionalidades como o movimento em 360 graus, os produtores ajustaram os mapas de jogo de modo ao novo sistema de comando dos soldados. Em termos de habilidades e progressão foram adicionadas duas árvores de personalização: as "Cyber Cores" e as "Cyber Rigs", com maior profundidade, desde desbloqueios à distância, comando de drones e ataques "melee" em cadeia. Tudo isso é visível numa sequência no vídeo que acompanhamos na sala. Estas acções têm efeito tanto a nível defensivo como ofensivo, pelo que com uma boa coordenação entre a equipa, haverá mais flexibilidade e um controlo das operações muito mais directo.
Numa sala anexa, destinada aos confrontos multiplayer, pudemos pela primeira vez desfrutar de uma série de combates frenéticos e explosivos, como é timbre em COD. O multiplayer de Black Ops III apresenta um sistema de especialidades: Specialist. Através dele o jogador irá escolher um de nove soldados de elite, apresentando um conjunto de definições que os tornam únicos, como aspecto, personalidade, voz, equipamento e uma série de habilidades, embora comum a todos seja a corrida pelas paredes (em jeito parkour) e rotações de 180 graus no ar.
"A Treyarch promete ainda o regresso do modo zombis, o seu terceiro habitual pilar da experiência Black Ops."
Por exemplo, se escolherem o soldado Prophet, terão à disposição um arco eléctrico e uma habilidade que lhe permite o teletransporte para uma área anteriormente percorrida. As habilidades únicas estão imediatamente elencadas, permitindo uma entrada em combate com rápido conhecimento do herói. Requer no entanto algum tempo até que sejamos capazes de operar em profundidade o nosso favorito. Os adversários são humanos como nós e quando encontramos soldados bem treinados podemos passar por algumas dificuldades.
Cada um dos nove soldados especialistas pode subir de nível, num sistema aberto de progressão. É crucial a escolha, tendo em conta o mapa seleccionado, até porque em momentos nucleares do combate as habilidades únicas farão a diferença. Com uma bateria de perks, armas e sistema de personalização bastante alargado, é difícil encontrar o mesmo soldado no combate. A Treyarch promete ainda o regresso do modo zombis, o seu terceiro habitual pilar da experiência Black Ops. A PS4 leva vantagem nesta edição, com uma série de mapas adicionais temporariamente exclusivos, num tratamento de Black Ops III similar ao de um "first party". Um dos jogos mais importantes da Activision, inaugura as hostilidades em Novembro e prevê-se uma entrada imediata nos tops europeus e norte-americanos. Black Ops III é jogo da nova geração de consolas, mas também será lançado para a PS3 e Xbox, com versões produzidas por outro estúdio.