Call of Duty: Modern Warfare 3 - Análise
Todos têm um Price.
Neste terceiro jogo temos o regresso de personagens bem conhecidas, como o John "Soap" MacTavish das Task Force 141, o Capitão Price John um antigo militante das forças SAS, bem como novas personagens jogáveis, como o Derek "Frost" Westbrook, Sandman e Yuri, que este último terá uma ligação extremamente importante com o desenrolar do enredo. Pessoalmente fiquei surpreso por uma das personagens mais antigas não ser jogável. Tentem adivinhar.
Tal como um bom serviço de apoio ao consumidor, Modern Warfare 3 fornece tudo aquilo que estávamos à espera no jogo. Ação, mais ação e por fim mais ação. Pelo meio temos destruição, explosões e um ambiente perfeito de um enorme filme de Hollywood. Sim, Modern Warfare 3 não engana e não quer enganar ninguém. Aqui não existem puzzles, não há quebras na ação ou muito menos longas e chatas cut-scenes a explicar isto e aquilo. O mundo vê-se mergulhado numa eminente terceira guerra mundial. Não existe tempo para panos quentes. É hora de agir e rapidamente.
Iremos visitar diversas zonas do globo, desde Nova Iorque, Paris, Londres, Moscovo e até África, na Somália e Serra Leoa. Para além dos locais atuais o jogo ainda nos leva ao passado, passado este que já não é longínquo como no primeiro MW e segundo, mas leva-nos aos jogos anteriores. Iremos presenciar acontecimentos conhecidos, onde tivemos uma interversão direta, mas agora de uma nova perspetiva. É caso para perguntar se estes flashbacks de enredo já estavam previstos ou foi uma "adaptação" para o MW3.
Pelo meio o jogo continua a usar as mesmas mecânicas de gameplay, como as entradas furtivas em câmara lenta, os típicos confrontos em carros Todo-terreno, em ataques e proteção aérea, bem como o já conhecido embate em Nova Iorque onde temos que infiltrar num submarino. O jogo nunca deixa o jogador descansar, seja por toda esta miscelânea de ação, bem como algumas situações imprevisíveis.
Também é interessante ver como os estúdios envolvidos na produção levaram a história em ligação com o gameplay. Na maioria das vezes a atenção não está em nós. Soap e Price são os heróis, e ao jogar com Frost e Yuri em grande parte do jogo, estamos a entregar ao computador as honras da ação. Esta decisão de argumento poderia ter dado para o torto, mas felizmente resultou muito bem. A razão para ter funcionado é o foco dado às personagens principais.
Agora estamos de fora e vemos com maior detalhe a personalidade de Price e Soap, mas claro não esperem um enredo e voice-acting de ganhar um Oscar do melhor ator. Modern Warfare 3 assume isso mesmo, e novamente digo que não pretende enganar ninguém com um suposto enredo de colocar uma lágrima no olho.
Para além de toda a história e contexto do jogo, esta terceira entrega está muito mais refinada. O motor de jogo está extremamente estável, sem qualquer conflitos gráficos, coisas estranhas ou um gameplay manhoso. Houve uma melhoria gráfica, principalmente nas diversas personagens, no uso da destruição em tempo real (embora as maiores apenas provocada por triggers) dos cenários a quando das batalhas intensas. Prédios enormes a cair, tanques a cilindrar enormes multidões, ou aviões, helicópteros a serem abatidos será uma constante.
Call of Duty: Modern Warfare 3 prima pelo seu gameplay simples, fácil de pegar e consecução direta. Esta faceta é a deixa perfeita para passarmos para os modos multijogadores e cooperativos. Este é um dos maiores fatores de sucesso da série, pois a campanha é curta e sabe muito a pouco. Terminei com pouco mais de cinco horas de jogo, mas com muitas coisas para desbloquear e descobrir. Temos três atos com um total de 17 níveis. Mas em si a campanha é isto, direta, visceral e com muita ação.