Chinese Room critica os que só querem os jogos baratos
"Calculo que sejam todos voluntários."
É frequente ver os consumidores pedirem preços mais baixos quando um videojogo é lançado, especialmente quando é feito por uma pequena equipa independente, e isso levou alguns produtores à saturação.
Perante pedidos destes, Hugh Monahan escreveu nos fóruns do Steam o quão irritantes podem ser e procurou dar uma perspectiva diferente aos consumidores.
O criador de Brigador explicou que demorou cinco anos a desenvolver o jogo e que nesses cinco anos muitas coisas podiam acontecer, como falhar duas vezes a classificação para os Jogos Olímpicos. Monahan falou ainda do valor dos $20 pedidos para o seu jogo, dizendo que até um poster dos Nickelback pode ser mais caro.
"Já é mau o suficiente um poster dos Nickelback custar mais do que um jogo que passaste cinco anos a construir, pior ainda é ter pessoas a dizer que o teu jogo apenas vale o mesmo valor que um outro poster mais comum dos Nickelback. Espero que consigam entender a frustração que isto inspira."
Monahan explica que desses $20, cerca de $10 vão para a Valve e que precisam vender pelo menos 25,000 unidades de Brigador para conseguir um salário para o tempo passado a desenvolver o jogo.
Perante esta situação, o estúdio The Chinese Room reagiu e comentou no Twitter a situação de Monahan e como a grande maioria dos estúdios independentes são forçados a viver com ela.
"Tenho a certeza que todos os que pedem para os jogos serem mais baratos ou abaixo do preço pelo qual são vendidos não podem ser todos voluntários," diz o estúdio.
O The Chinese Room, que lançou recentemente Everybody's Gone to the Rapture, teve que lidar com estes mesmos problemas e avisa que os jogos irão eventualmente ficar mais baratos mas o lucro para os estúdios será muito reduzido e as possibilidades de criarem mais jogos serão cada vez menores.