Chrono Cross remaster tem pior desempenho na PS5 do que o original na PS1
Um desastre.
Chrono Cross: The Radical Dreamers Edition é para muitos adeptos dos JRPGs um autêntico sonho tornado realidade, um clássico da PS1 que durante décadas escapou aos europeus e que finalmente fica disponível através deste remaster.
No entanto, segundo descoberto pelo Digital Foundry, a tendência da Square Enix em colocar no mercado clássicos atualizados com uma qualidade que deixa a desejar mantêm-se e de forma que poderá deixar muitos confusos.
O Digital Foundry diz que o processamento dos fundos 2D pela inteligência artificial apresenta pequenos problemas, mas no geral combinam melhor com os modelos 3D dos personagens que foram atualizados. Nos testes executados nas versões PS5 (a correr o jogo PS4 através da retrocompatibilidade) e Nintendo Switch, foi descoberto que corre com uma resolução entre 900p e 936p nativa para todos os elementos 3D, mas isto apenas acontece no novo modo de jogo pois o modo clássico usa os modelos e fundos da PS1.
O principal problema está no desempenho do remaster, os rácios de fotogramas conseguem ser tão baixos quanto o original a correr na PS1 e se optares pelo novo modo gráfico, podem ficar ainda piores. Usando a área inicial como comparação, o Digital Foundry partilha que o clássico PS1 corre a 30fps e a nova versão a 20fps.
Em cenas mais exigentes, o remaster no novo modo gráfico pode descer até 15fps ou mesmo 10fps, um desempenho altamente inconstante que simula bem o do original na sua consola original, mas que infelizmente não tem lugar num remaster. Optar pelo modo clássico significa escolher uma performance igual à do original a correr na PS1, com quedas para 15fps muito frequentemente e oscilações entre 15fps e 30fps.
Isto acontece pois, segundo uma teoria que está a ganhar tração, isto não é propariamente um remaster pensado para sistemas modernos, mas sim o jogo PS1 por emulação, algo reforçado pela presença dos cartões de memória virtuais no menu de save. No PC, os ficheiros de instalação até exibem duas pastas para cada um dos dois discos físicos.
A Square Enix parece ter decidido poupar tempo e não realizar um remaster a sério, mas sim uma versão emulada com ajustes e modos gráficos extra.
Perante isto, a recomendação do Digital Foundry é optar pela versão Nintendo Switch, onde o modo portátil corre a 720p e te permite desfrutar deste clássico de culto se não tiveres a possibilidade de jogar a versão original.