Colin McRae: DiRT 2
O voador.
O Rally na Malásia é espectacular, as nossas corridas são feitas mesmo no centro da floresta por isso a pista se apresenta com muito mato, fazendo com que a pista se torne estreita. Também tem muitas poças de água que muitas vezes nos ajudam ou prejudicam, na visão interior torna-se bastante difícil e real, já que a água e a lama saltam para o pára-brisas dificultando a nossa visão sobre a pista. Em Utah as pistas fazem lembram muito o MotorStorm tanto pelas enormes rochas, montes e lama. É pena não existirem pistas em condições climatéricas como a chuva e neve. Sobre as pistas, e lamentável o número limitado, são poucas em comparação com o número de provas (cerca de 100), o que faz com que o jogo se torne um pouco chato e aborrecido já que jogamos demasiadas vezes nas mesmas pistas. Os danos são muito ao estilo de GRiD, podemos destruir por completo os automóveis e até vemos peças do nosso carro a saltar após um embate. Tudo isto e muito mais sem uma única quebra de fluidez, melhorando assim bastante em relação ao que nos foi apresentado na preview.
Quanto à jogabilidade, o jogo apresenta-se muito mais sólido do que o seu antecessor, sentimos os carros muito mais pesados em saltos e duros nos embates. Nas mudanças do piso de asfalto para a gravilha, parece que sentimos essa mudança de superfície no comando, tal é a sensação de alteração do material. Talvez alguns veículos como os Trophy Trucks precisassem de um ajuste na condução, pois são muito sensíveis e muito difíceis de estabilizar na pista, isto em relação com outros tipos de veículos. Vindo directamente de GRiD, temos a opção Flashback, que nos permite voltar atrás e repetir qualquer secção que tenha corrido mal.
Sobre a sonoplastia, é um verdadeiro mimo. O som dos carros é incrível, onde cada um tem o seu barulho, e em quase todos eles dá uma vontade enorme de estar sempre a acelerar. Destacamos também o som ambiente, como por exemplo nas corridas em estádio, onde ouvimos as pessoas a gritar, e o som da música ambiente ou até mesmo em provas de rally onde ouvimos o som da gravilha a bater no metal do carro. Todos os sons estão reais, água, lama, areia, as pessoas a observar a corrida e os rateres dos carros. O estilo musical do jogo é baseado no Rock, onde dá um ar mais festivo, tendo bandas conhecidas, como os Scars On Broadway e Queens Of The Stone Age. Senti a falta duma opção para editar a playlist do jogo e colocar bandas ao nosso gosto.
Finalmente chegamos ao modo multiplayer Online, temos uma prova Pro Tour onde podemos fazer três tipos de competições diferentes. Tanto podemos fazer uma corrida a solo como fazer uma equipa até 4 jogadores e recolhemos fama para subir de nível. Depois temos Jam Session que serve para fazer partidas online contra outros até sete jogadores numa secção criada ou oito no caso de nós criarmos uma secção de jogo.
Colin McRae: DiRT 2 é um bom jogo. Temos um modo carreira de 100 eventos, mas um pouco chato de jogar, pois passamos diversas vezes nas mesmas pistas, onde facilmente poderia ter sido colmatado pela introdução de pistas reais ou fictícias de rally como na Suécia ou Reino Unido. Mas com o modo multiplayer teremos sempre muita diversão. Sentimos claro falta de carros como Ford Focus WRC, Toyota Celica e Lancia Delta. Os gráficos são o ponto forte do jogo com o realismo dos efeitos de luz, danos, sujidade nos carros e a água, com bonitos e grandes cenários e o frame rate do jogo sempre na perfeição. Um jogo que pretende agradar à generalidade dos jogadores com as suas diversas provas.