Como superar o vício de Fortnite? Psicólogo recomenda Zelda: Breath of the Wild
O antídoto perfeito.
O popular jogo Fortnite tornou-se numa dor de cabeça para os pais de crianças e adolescentes devido a comportamentos como tempo de jogo excessivo e desperdício de quantias consideráveis de dinheiro para desbloquear skins e outros itens cosméticos virtuais.
Perante a ameaça de Fortnite, muitos pais não sabem o que fazer para ajudar os filhos a fazer uma desintoxicação deste vício virtual. Felizmente, o psicólogo e psicanalista de renome Michaël Stora tem uma solução que não envolve retirar as consolas aos jovens.
Michaël Stora, co-fundador do OMNSH (Observatory of Digital Worlds in Human Sciences) e consultor de companhias como a Sega, Ubisoft, Electronic Arts, Microsoft e Activision, recomenda que se jogue The Legend of Zelda: Breath of the Wild para reduzir o vício de Fortnite.
Embora tanto Fortnite como The Legend of Zelda: Breath of the Wild sejam videojogos, o psicólogo explica que o jogo da Nintendo é o antídoto perfeito para o jogo da Epic Games devido à sua natureza e mecânicas muito diferentes.
Enquanto Fortnite é um jogo de acção muito rápido em que o ritmo dos conteúdos é ditado pela Epic Games, em Breath of the Wild é tudo muito mais calmo, permitindo a contemplação dos cenários e que seja o jogador a ditar o ritmo da progressão.
As próprias personagens que aparecem em Breath of the Wild podem servir de terapeutas, acredita Michaël Stora. Os jogadores, em particular as crianças, podem perceber que existe algum tipo de intersecção entre a história do jogo e a sua história pessoal, gerando aquilo a que Stora chama de "a magia da mediação terapêutica".
Contrariamente ao populismo que existe de que todos os videojogos são inerentemente maus, Michaël Stora defende que há videojogos que podem ter efeitos positivos naqueles que os jogam.