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Concrete Genie - Antevisão - Qualquer um pode ser artista

Uma explosão de cores, formas e luzes.

Concrete Genie é um dos títulos que mais curiosidade me desperta - uma propriedade intelectual inteiramente nova por parte da PixelOpus que arranjou casa exclusiva na PS4 e que, admito, me hipnotizou com todas as suas cores, formas e feitios desde a primeira vez que assisti ao trailer revelação do jogo. Claro está, o salto entre algo que vemos e aquilo que efectivamente acabamos por jogar quando o produto final chega enfim às nossas mãos difere largamente mas, depois de jogar cerca de 90 minutos (que passaram a correr, digo de passagem), posso afirmar assertivamente que o jogo corre da forma que antecipei e desejei.

A demo que experimentei em Madrid, nos escritórios da Sony, permitiu-me jogar os momentos iniciais do jogos que, em larga parte, mostram como Ash adquire o seu pincel e de onde provém a magia que lhe permite pintar os fabulosos genies e todas as obras-de-arte nas paredes da cidade de Denska, passando posteriormente para uma parte final do jogo, que mostra algo absolutamente bombástico e inesperado.

Não posso revelar com exactidão aquilo que acontece - por um lado até é bom, já que a reviravolta poderá agradar aos jogadores que pretendem jogar Concrete Genie sem qualquer tipo de spoiler - mas deu-me uma ideia mais clara de como funcionará o combate do jogo que, de acordo com a entrevista que fiz a Jeff Sallangi e Dominic Robillard, director de arte e director criativo respectivamente, se irá repetir em mais do que uma ocasião ao longo do mesmo.

Uma fluidez surpreendente

Um dos pontos que mais me surpreendeu foi a simplicidade dos controlos. À primeira vista, assistindo a gameplays prévios do jogo na E3 2018, é possível ficar com a sensação de que o sistema de pintura e de criação dos genies é demasiado complicado, complexo e lotado - daí a minha surpresa e satisfação ao descobrir que o gameplay é surpreendentemente simples e fluido e, tendo em conta que não sou (de todo) um da Vinci ou Picasso, fiquei bastante impressionado com as obras-primas que fui criando.

O nível da animação é absolutamente estonteante e veres aquilo que criaste - por mais estapafúrdio que seja - a ganhar vida é sem dúvida gratificante e um testamento do trabalho e dedicação por parte da PixelOpus depositado em Concrete Genie. Até porque, vale a pena enfatizar, os genies vão comportar-se de forma distinta consoante a forma e a cor que os pintas e nem imagino o pesadelo que deve ser criar a tecnologia que suporte um conceito destes.

De forma simplista, a tua tarefa é criar estes genies em determinadas paredes de Denska, atender ao seus pedidos (que pode ser pintar relva, uma árvore, uma lua, ou um céu estrelado) e obter super-tinta como recompensa - uma tinta especial que te permite limpar a cidade de alguma corrupção que tomou conta dela.

Poderás ainda resolver uma série de puzzles usando os genies - na demo, tive mesmo que usar dois genies em simultâneo para conseguir abrir uma passagem - tendo sempre cuidado com os Rufias que deambulam pela cidade e perseguem Ash mal lhe põem os olhos em cima. O stealth é outro componente do jogo, se bem que não me deu qualquer tipo de problema ao longo dos 90 minutos que passei com ele, e bastava-me subir uma parede usando os movimentos de parkour de Ash para rapidamente alcançar a segurança dos telhados, mal vendo os Rufias durante praticamente toda a demo.

Concrete Genie vs VR

Por fim, falta apenas falar da minha experiência com um dos modos VR que vai chegar a Concrete Genie - que, de certa forma, é uma extensão simplista mas igualmente interessante da mecânica principal da pintura presente no jogo. Terás como objectivo atender aos diversos desejos de Splotch (uma pequena criatura vermelha que, por norma, vive na bolsa de Ash) e cobrir o mundo de jogo em teu redor com tudo aquilo que ele te for pedindo, desbloqueando mais desenhos à medida que fores prosseguindo. Não é algo propriamente revolucionário tendo em conta aquilo que já joguei na realidade virtual mas não deixa de ser uma curta mas boa adição ao jogo, onde poderás ver as tuas obras a ganharem vida num ambiente 3D.

Para quem antecipa este jogo desde a sua revelação na Paris Games Week 2017, a espera não foi nada fácil - o mesmo foi adiado duas vezes e pouco temos visto dele nos últimos tempos mas, finalmente, temos uma data oficial de lançamento e preço - 9 de Outubro e 29.99 euros, incluindo os modos VR criados especificamente para o jogo. De qualquer das formas, é bom ver que este tempo extra foi usado da devida forma, culminando num produto final que me parece extremamente sólido e com o qual me diverti imenso.

O jogo é relativamente pequeno - entre 6/7 horas pelo que nos disseram, dependendo obviamente do tempo que despendes nas pinturas, nos puzzles ou com os coleccionáveis espalhados pelo mundo jogo - mas nota-se que todo o coração da PixelOpus foi colocado neste título e, para uma equipa relativamente pequena em que cerca de três quartos dos funcionários está a estrear-se neste mundo, Concrete Genie consegue rivalizar com algumas das maiores produções dos veteranos da indústria.

Caso queiras saber ainda mais detalhes sobre Concrete Genie, aconselho-te vivamente a conferires a nossa entrevista a Jeff Sallangi e Dominic Robillard, director de arte e director criativo respectivamente no jogo.

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