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Condemned 2: Bloodshot

Tenham medo, muito medo...

Para dizer a verdade, quando peguei em Condemned 2 Bloodshot estava muito entusiasmado. O primeiro título, Condemned: Crime Origins, que saiu para PC e para a Xbox360 em 2007 tinha sido uma bela surpresa. Esta sequela revela-se ainda melhor e muito mais violenta. Este é um jogo, atenção aos pais deste país, a evitar pelas crianças. Em Condemned 2 Bloodshot a violência é a palavra de ordem. Todo aquele ambiente obscuro e tenebroso, aquela violência física e psicológica que estava presente no seu antecessor está bem vincada nesta sequela mas com ainda maior intensidade. Em Bloodshot tudo serve como arma, desde martelos, paus, tijolos, canos etc. Pode parecer sádico, sei que é, mas sentimos uma estranha sensação de alívio recompensador quando andamos à martelada com os inimigos. O jogo cria uma enorme sensação de angústia e receio quando vemos um inimigo, ou grupo de inimigos, ao fundo de um corredor. Só nos apetece abrir um armário e escondermo-nos. Mas ao mesmo tempo sentimos uma espécie de chamamento que nos leva até eles para os encher de pancada até ficarem inanimados, muito estranha mesmo esta sensação.

Em Condemned 2 Bloodshot somos Ethan Thomas, um agente da autoridade que luta contra os seus próprios demónios. Ethan encontra-se à beira do abismo. Mentalmente perturbado e desorientado, ele mal consegue distinguir o que é real e o que é criado pela sua mente. Todas estas perturbações são fruto de todos os acontecimentos ocorridos durante o primeiro título, que o deixaram à beira do abismo. Em Bloodshot tudo tem inicio quando Ethan é contactado pela “Special Crimes Unit” que acabou de receber uma mensagem de um indivíduo referindo o seu nome. Ethan Thomas parte à busca de quem enviou essa mesma mensagem e o pesadelo tem inicio.

Como já foi referido, em Bloodshot tudo, ou quase tudo, serve de arma. Ao nosso dispor temos mimos como tábuas, tijolos, martelos, bonecas explosivas, muletas, garrafas de vidro, etc. Podia estar aqui o dia todo que a lista nunca mais acabava. Todas as armas tem os seus pontos fortes e fracos, umas mais rápidas, outras mais poderosas e umas com maior ou menor alcance. De referir que todas elas se vão deteriorando com o uso até que deixem de servir como arma. Se isso acontecer não se aflijam pois Ethan não está em apuros, rapidamente se vão aperceber que os punhos do nosso personagem são igualmente letais. O sistema de combate corpo a corpo revelou-se uma bela surpresa, temos a possibilidade de executar “combos” com os punhos ou mesmo com as armas, tornando os nossos golpes mais eficazes. Todo este sistema de combate torna Bloodshot bem diferente dos demais FPS onde as armas de fogo imperam. De referir que estranhamente, pois Ethan é um agente da autoridade, o manuseamento de armas de fogo está um pouco desajustado. É tremendamente complicado fazer mira e acertar num alvo com as respectivas armas, fazendo com que optemos muitas vezes pelo combate corpo a corpo.

Belo cenário!

Mas como um bom combate não se faz sem um bom inimigo, ou vários inimigos, em Bloodshot eles revelam-se bastante astutos e bem conhecedores do que os rodeia. Facilmente os vemos a esconder-se por de trás de um armário, a fugir quando se encontram em apuros e a lançar objectos quando estão longe de nós. Muitas são as vezes que ficamos a pensar se avançamos ou ficamos à espera deles, pois eles são mesmo muito complicados de matar.