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Controvérsia resolvida no RPG português Guardians of Arcadia

A artista e criador do jogo já chegaram a um acordo.

Atualização

O conflito entre ambas as partes chegou ao fim. A artista, Mónica Cabral, escreveu no seu Tumblr que chegou a um acordo com o criador do jogo, David Andrade, e que estão neste momento a preparar contractos bem como um comunicado onde se espera que um ponto final seja colocado na situação.

A artista está agora a pedir às pessoas que tenham calma para que o problema não ganhe mais magnitude. Um mensagem semelhante foi publicada na página do jogo no Steam.

Original

O RPG português Guardians of Arcadia, do qual já falámos algumas vezes, deu hoje entrada no Steam Greenlight, mas rapidamente ficou envolvido em controvérsia, isto porque uma das artistas acusou o autor do jogo, David Andrade, de usar o seu trabalho sem permissão.

A artista, Mónica Cabral, publicou no seu Tumblr uma explicação da situação, contando que foi contactada em novembro de 2012 para trabalhar no jogo, o qual aceitou, criando vários modelos para as personagens, personagens e mapas de texturas. Eventualmente, por causa da escola, a artista disse que não podia continuar envolvida na produção, mas o autor continuou a contactá-la pedindo para criar nova arte. Mónica Cabral aceitou, desde que o autor estivesse disposto a pagar.

Ambas as partes concordaram que a arte não seria publicada até ao final da campanha do Kickstarter, que era para ter início em maio ou junho de 2013 mas nunca chegou a existir. Apesar disto, o autor começou a usar a arte de Mónica Cabral para promover o jogo e fazendo ameaças, afirmando que nunca contrataria a artista depois da campanha Kickstarter porque se recusou a criar a arte sem pagamento.

O autor voltou a contactar a artista no ano passado para criar nova arte, e concordou que desta vez pagaria, metade no princípio e o resto no final. Contudo, a artista diz que apenas recebeu metade e que deixou de ser contactada pelo autor até há pouco, que queria novamente que criasse nova arte. O último contacto foi na semana passada, em que o autor mostrou à artista o novo trailer.

"Nunca concordei que a minha arte fosse usada desta forma", escreveu a artista.

Em resposta, David Andrade publicou a sua versão da história na página Greenlight, afirmando que a artista concordou que a sua arte fosse usada desde que lhe fosse dado o devido crédito. Quanto à campanha Kickstarter, o autor explica que não sabia que era preciso ter uma morada da América do Norte ou Reino Unido para publicar um projeto, a qual não tem.

Relativamente à outra metade do pagamento, o autor diz que "disse-lhe que apenas podia pagar a outra metade no final do mês, ela ficou chateada e bloqueou-me. Eu tenho o dinheiro, mas preciso de falar com ela novamente para lhe pagar".

Em debate também está a quantidade de trabalho feito pela artista para o jogo. O autor diz que Mónica fez "cinco personagens principais, três monstros, quatro NPCs e os respectivos mapas de texturas", no entanto, a artista discorda dizendo que tem muitos mais conceitos artísticos que ainda não foram mostrados, mas diz que tem medo de os publicar devido a problemas legais.

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