Cop: The Recruit
Ao abrigo da Lei!
Fora de combate o movimento da personagem opera-se normalmente através do d-pad. Poderão entrar em qualquer veículo premindo o botão x e seguir para o local designado dentro da viatura. Em confronto com os gangs ou criminosos, a boa actuação depende da forma como operam o esquema entre o botão direccional e a caneta. A perspectiva de combate transfere-se para a terceira pessoa, um pouco acima do ombro, sendo o movimento da personagem assegurado através do botão direccional ao mesmo tempo que a “stylus” faz pontaria ao alvo. Para disparar prime-se o botão L.
Na verdade, este sistema de combate cumpre, mas está longe de ser prático e eficaz. A particular complexidade deste mecanismo resulta da dificuldade em executar duas acções só com uma mão (tendo ainda que suportar a máquina); disparar e movimentar o polícia. O sistema de “lock-on” afasta uma natural imprecisão do sistema, mas não previne a ocorrência de situações frustrantes. Quanto ao equipamento disponível poderão dar uso a pistolas, uzis e espingardas de modelo AK 47.
Um dos elementos mais importantes do jogo e que se mostra capaz de aproveitar as funções da DS é o 3C, um pequeno aparelho portátil de LCD que funciona como centro de controlo da actividade, localizado no ecrã inferior da consola e por isso aberto à interacção com a “stylus”. Há um manancial de opções a percorrer, desde GPS com mapas e destinos marcados, a localizações, códigos, mensagens de correio e conversas por telefone. Este sistema tem os seus méritos por condensar as tarefas, embora noutras vezes seja demasiado rotineiro nos procedimentos, nomeadamente pela colocação constante de dados que deveriam actuar automaticamente.
Em termos de circulação pela cidade a postura não é tão agressiva como a utilizada em GTA. Há muitos objectos passíveis de destruição, mas os tão famosos atropelos dos peões não se reproduzem de forma a chocar, nem os carros são recuperados sob a forma de assalto. A tal ponto que o jogo está indicado para maiores de doze anos. Não é obra exclusiva para adultos.
Enquanto jogo a três dimensões capaz de proporcionar uma autêntica exploração de uma vasta cidade, com veículos, interiores e personagens em número satisfatório, COP the Recruit deixa bons sinais. O quadro gráfico é cuidado e rivaliza com o que de melhor oferece a DS em termos de três dimensões. No entanto também padece de um esquema de combate pouco eficaz, uma trilha sonora passável e uma física de condução dos veículos imprecisa. O controlo da cidade de Nova Iorque não se faz com ligeireza e Dan Miles quer demonstrar e provar que pode ser o polícia que fazia falta ao departamento. A actuação não é particularmente memorável, mas dentro do género para a DS é uma proposta a levar em conta.