Crisis Core -Final Fantasy 7- Reunion é muito mais do que um remaster
A essência do remake de FF7 está aqui.
A Square Enix decidiu que estava mais do que na hora de apresentar aos fãs um dos seus mais desejados projetos, uma versão modernizada de Crisis Core. Isto permite libertar o título de culto das amarras da plataforma original, a PSP, com fácil acesso para as novas audiências e ao mesmo tempo encaixa de forma surpreendente neste mega plano de explorar Final Fantasy 7 em vários títulos.
Já tive a oportunidade de passar algumas horas com Crisis Core -Final Fantasy 7- Reunion na PlayStation 5. Posso dizer que está simplesmente espetacular. Por enquanto, só posso abordar as primeiras horas de jogo, mas garanto que é um autêntico regalo para os fãs e com grandes argumentos para convencer as novas audiências que despertaram para o clássico da PS1 com o remake de 2020.
A versão original foi lançada dez anos depois de Final Fantasy 7 e expandiu de forma muito desejada esse universo ao focar-se na história de Zack, e fornecer uma peça da narrativa que fascinou os fãs desse memorável sucesso da Squaresoft. Diria que esta nova versão se torna ainda mais pertinente e oportuna para as novas audiências. Chega 2 anos após o remake do título principal e antes da segunda parte.
Se jogaste Final Fantasy 7 Remake e queres saber mais sobre Sephiroth, sobre como tudo começou, sobre aquela personagem misteriosa que surge no final do jogo ,e de quem Aerith tanto fala, este Crisis Core -Final Fantasy 7- Reunion é para ti. É uma ponte entre os dois jogos que complementa com imensas informações o enredo. É um jogo forte na narrativa, com personagens intrigantes e que equilibra de forma apaixonante doçura com amargura. É uma história trágica, repleta de momentos encantadores.
O mais gratificante em Crisis Core -Final Fantasy 7- Reunion é descobrir que a Square Enix faz juz a todas as suas palavras, isto é muito mais do que um remaster, e quase se aproxima de um remake. Com o motor gráfico usado em Final Fantasy 7 Remake, esta nova versão de Crisis Core consegue momentos gráficos de surpreender e. apesar de ser percetível o design limitado e humilde de um jogo pensado para a PSP, a Square Enix fez um excelente trabalho para o disfarçar e modernizar.
Um dos melhores exemplos da filosofia da Square Enix para o projeto está no sistema de combates. Combinando o que viste em Final Fantasy 7 Remake com as especificidades de Crisis Core, tens um sistema de combate moderno, de ação rápida e fluída, mas com diversas mecânicas diferentes que o tornam no seu próprio jogo. Apenas jogas com Zack, por exemplo, com ataques básicos e matéria para ataques especiais. Podes evoluir e combinar Materia, essencial para causar dano de elemento aos inimigos, mas também tens a DMW, uma mecânica que se torna basilar.
A DMW é uma série de ataques especiais que Zack pode usar quando pensa nas pessoas que encontra ao longo do jogo. É uma roleta em constante movimento e quando os números são iguais, podes usar um ataque especial. Até subir de nível está associado a esta roleta, e cria uma inesperada dinâmica nos combates. Estás frequentemente a ser surpreendido com buffs, como não gastar MP durante tempo limitado, o que muda o teu comportamento nos combates.
É um sistema de combate rápido e frenético, com um toque de estratégia, que combina o remake de Final Fantasy 7 com Crisis Core de uma forma que se torna gloriosa quando combinada com esta qualidade gráfica. No geral, estas primeiras horas estão graficamente incríveis e, mesmo que aqueles momentos de exploração livre em Midgar revelem a natureza humilde do projeto original, existem outras cenas que te vão surpreender.
Crisis Core -Final Fantasy 7- Reunion tem sido espetacular e divertido. Um jogo simples e frenético, com uma alma encantadora e apaixonante. Continuarei a jogar para falar ainda mais sobre ele, mas desde já posso dizer que será uma pequena e agradável experiência para fãs e novatos.